22/08/2022 - 13:53
Anthony Fauci, principal assessor do presidente americano Joe Biden para a covid-19 e que se tornou o rosto do combate à pandemia nos Estados Unidos, anunciou nesta segunda-feira (22) que deixará o cargo em dezembro.
Em comunicado, Fauci disse que deixará o cargo de conselheiro médico de Biden, bem como de diretor do Instituto Nacional de Doenças Infecciosas (NIAID), que ocupou por 38 anos.
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“Não estou me aposentando”, disse Fauci, de 81 anos.
Este médico, que já havia adiantado seus planos de sair do cargo no final do mandato atual de Biden, anunciou que o fará em dezembro para iniciar “um novo capítulo” em sua carreira.
Biden declarou imediatamente seu “mais profundo agradecimento” a Fauci em nota da Casa Branca.
“Graças às muitas contribuições do dr. Faucci à saúde pública muitas vidas foram salvas nos Estados Unidos e em todo o mundo”, disse o presidente, que acrescentou que o país “é mais forte, mais resistente e mais saudável graças a ele”.
Fauci dirigiu a resposta dos Estados Unidos aos surtos de doenças infecciosas desde a década de 1980, do HIV/aids até a covid-19, e trabalhou com sete presidentes, começando com Ronald Reagan.
“Foi a honra da minha vida dirigir o NIAID”, escreveu.
Quando a covid-19 se propagou da China para o mundo pela primeira vez em 2020, Fauci se tornou uma fonte confiável de informações, tranquilizando a população com seu comportamento calmo e profissional durante suas frequentes aparições nos meios de comunicação.
Mas suas opiniões honestas sobre os primeiros fracassos dos Estados Unidos para enfrentar o vírus levaram Fauci a um conflito com o ex-presidente Donald Trump e o tornaram uma figura odiada nos círculos de direita e entre os antivacinas.
Fauci vive atualmente acompanhado por seguranças depois que sua família recebeu ameaças de morte e assédios.
Biden recordou na segunda-feira que Fauci foi uma das primeiras pessoas que convocou para sua equipe, após ganhar as eleições de 2020. “Eu podeira chamá-lo a qualquer hora do dia para lhe pedir um conselho sobre a pandemia”, destacou o presidente.