O estoque total de operações de crédito do sistema financeiro subiu 1,6% em junho ante maio, para R$ 4,956 trilhões, informou nesta segunda-feira, 29, o Banco Central. Em 12 meses, houve alta de 17,8%.

Em junho ante maio, houve alta de 1,3% no estoque para pessoas físicas e elevação de 2,1% no estoque para pessoas jurídicas.

De acordo com o BC, o estoque de crédito livre avançou 1,8% em junho, enquanto o de crédito direcionado apresentou alta de 1,3%.

No crédito livre, houve alta de 1,4% no saldo para pessoas físicas em junho. Para as empresas, o estoque também avançou 2,3% no período.

O BC informou ainda que o total de operações de crédito em relação ao Produto Interno Bruto (PIB) foi de 53,7% para 53,9% na passagem de maio para junho.

Nesta segunda-feira, o BC divulgou os dados de maio e junho, mas as Estatísticas de Crédito continuam defasadas devido aos efeitos da greve dos servidores do órgão, encerrada no início de julho. Nesta época do ano, já estariam disponíveis os números do sétimo mês de 2022.

Habitação e veículos

O estoque das operações de crédito direcionado para habitação no segmento pessoa física cresceu 1,2% em junho ante maio, totalizando R$ 867,957 bilhões, informou o Banco Central. Em 12 meses até junho, o crédito para habitação no segmento pessoa física subiu 14,3%.

Já o estoque de operações de crédito livre para compra de veículos por pessoa física subiu 0,5% em junho ante maio, para R$ 247,788 bilhões. Em 12 meses, houve alta de 8,2%.

Setores

De acordo com o BC, o saldo de crédito para as empresas do setor de agropecuária subiu 2,8% em junho, para R$ 42,357 bilhões.

Já o saldo para a indústria avançou 1,6%, para R$ 807,111 bilhões. O montante para o setor de serviços teve alta de 2,1%, para R$ 1,186 trilhão.

No caso do crédito para pessoa jurídica com sede no exterior e créditos não classificados (outros), o saldo subiu 12,0%, aos R$ 6,208 bilhões.

BNDES

O saldo de financiamentos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para empresas teve alta de 1,6% em junho ante maio, somando R$ 379,333 bilhões, informou o Banco Central. Em 12 meses até junho, o avanço acumulado é de 1,2%.

No sexto mês, houve alta de 1,6% nas linhas de financiamento agroindustrial do BNDES, aumento também de 1,6% no financiamento de investimentos e avanço de 1,5% no saldo de capital de giro.

Setor não financeiro

O saldo do crédito ampliado ao setor não financeiro subiu 3,00% em junho ante maio, para R$ 14,139 trilhões. O montante equivale a 153,8% do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil, conforme dados divulgados pelo Banco Central.

O crédito ampliado inclui, entre outras, as operações de empréstimos feitas no âmbito do Sistema Financeiro Nacional (SFN) e as operações com títulos públicos e privados. A medida permite uma visão mais ampla sobre como empresas, famílias e o governo geral estão se financiando, ao abarcar não apenas os empréstimos bancários.

No caso específico de empresas, o saldo do crédito ampliado cresceu 4,6% em junho ante maio, para R$ 4,848 trilhões. O montante equivale a 52,7% do PIB.

Concessões

As concessões dos bancos no crédito livre caíram 1,8% em junho ante maio, para R$ 449,0 bilhões, informou o Banco Central. No acumulado dos últimos 12 meses até junho, o aumento foi de 28,1%. Estes dados não levam em conta ajustes sazonais.

Em junho, no crédito para pessoas físicas, as concessões caíram 4,7%, para R$ 229,6 bilhões. Em 12 meses até junho, há alta de 26,7%.

Já no caso de pessoas jurídicas, as concessões subiram 1,3% em junho ante maio, para R$ 219,4 bilhões. Em 12 meses até junho, o avanço é de 29,8%.