A campanha do candidato ao governo de São Paulo Tarcísio de Freitas (Republicanos) avalia o resultado da pesquisa Datafolha divulgada nesta quinta-feira, 1º, como “reflexo” do início da propaganda eleitoral gratuita na TV e tendência de réplica da polarização nacional no Estado. “Polarização nacional vai se repetir em São Paulo, porque Tarcísio e Fernando Haddad estão ligados aos candidatos fortes”, disse uma fonte. Tarcísio é apoiado pelo presidente Jair Bolsonaro (PL) e Haddad pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

De acordo com a pesquisa, divulgada nesta quinta-feira, a vantagem de Haddad diminuiu. O petista marcou 35% contra 38% na rodada anterior, no último dia 18. Tarcísio saiu de 16% para 21%. Em terceiro, aparece Garcia com 15% (antes ele tinha 11%). O levantamento capta o efeito do início da propaganda eleitoral gratuita no rádio e na TV, que teve início na última sexta-feira (26). “Programa de Tarcísio foi muito bem aceito”, avaliou um aliado.

Pessoas próximas a Tarcísio afirmam que a expectativa é que o ex-ministro cresça e aumente a diferença entre Garcia, principalmente pelo fato de o governador não ter um padrinho político declarado. O tucano evita se associar ao seu antecessor João Doria (PSDB), que deixou o Executivo estadual com alta rejeição. Adversários, no entanto, tentam colar a imagem de Garcia ao ex-governador como forma de desgastá-lo na disputa.

A campanha de Tarcísio minimiza o amplo apoio de prefeituras acumulado por Garcia. “Muitos prefeitos apoiam por causa da derrama de dinheiro, mas isso não se traduz em voto. Quando os prefeitos perceberem que o governador não arranca nas pesquisas, eles deixam de apoiar. Não querem ficar com perdedor, porque isso prejudica o prestígio”, avaliou uma fonte.

Daqui para frente, a estratégia de Tarcísio é se colar cada vez mais à imagem de Bolsonaro. Apesar da alta rejeição do presidente, aliados acreditam que essa associação é fundamental para levá-lo ao segundo turno.