Por Michael Holden e Andrew MacAskill

BALMORAL, Escócia (Reuters) – O rei Charles, do Reino Unido, discursará nesta sexta-feira a uma nação em luto pela morte de sua mãe, a rainha Elizabeth, após sete décadas no trono, enquanto um período de luto nacional começa pela única monarca que a maioria dos britânicos conheceu.

Charles, que se apressou para estar ao lado da rainha em sua casa escocesa na quinta-feira, estava voltando para Londres com a esposa Camilla, agora rainha consorte, antes de se encontrar com a primeira-ministra e fazer uma declaração na televisão.

Charles deve fazer um discurso ao país por volta das 18h locais (14h em Brasília), disse o presidente da Câmara dos Comuns, Lindsay Hoyle, nesta sexta-feira.

A morte da rainha, a monarca com o reinado mais longo do Reino Unido e uma presença imponente no cenário mundial por 70 anos, atraiu condolências de todo o mundo.

Acordando para o primeiro dia sem uma mulher descrita por seu neto Harry como “a avó da nação”, a população começou a se reunir novamente do lado de fora do Palácio de Buckingham e do Castelo de Windsor para colocar flores e tirar fotos das homenagens.

Cartazes em toda a cidade exibiam mensagens de condolências e jornais publicaram homenagens fotográficas de primeira página à rainha.

O Palácio de Buckingham informou que haverá um período de luto a ser observado por membros da família e da casa real até uma semana após o funeral, cuja data ainda não foi confirmada, mas deve ocorrer em cerca de 10 dias.

LUTO NACIONAL

O governo declarou um período de luto nacional que continuaria até o funeral. Um livro online de condolências também foi aberto.

No remoto castelo de Balmoral, na Escócia, onde ela morreu na quinta-feira e onde sua família está reunida, as pessoas também chegaram para prestar seus respeitos.

“Ela era incrível. Ela era como a avó de todo mundo. Ela sempre conseguia capturar o clima com suas palavras”, disse Kay McClement, de 55 anos, que foi com um amigo para deixar flores no castelo.

Milhares também se reuniram no Palácio de Buckingham, a casa da rainha no centro de Londres, para colocar flores do lado de fora das famosas grades pretas.

“Eu trouxe minha filha aqui, porque mesmo que ela não se lembre, podemos dizer a ela que ela estava aqui enquanto a história estava acontecendo”, disse Liam Fitzjohn, de 27 anos. “Ela é tudo o que conhecemos, nunca teremos uma rainha assim de novo.”

O governo disse esperar que grandes multidões se aglomerem nas residências reais. “Esperamos aglomeração e atrasos significativos em alguns transportes públicos”, informou um comunicado.

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