O leilão do 5G no Brasil foi realizado em novembro de 2021. De lá para cá, o que avançou mesmo foram os acessos ao 4G, conforme dados da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) de agosto deste ano, os mais recentes divulgados. Nesse período de nove meses, o número total de acessos da telefonia móvel era 253 milhões e passou para 261,3 milhões.

Depois de as faixas da quinta geração de internet serem vendidas – movimentou R$ R$ 47,2 bilhões em outorgas e compromissos das operadoras vencedoras –, a quarta geração passou de 77,4% do total de acessos de internet no Brasil para 79%. O 5G non-standalone (não puro, que usa faixas intermediárias) passou de 0,4% dos acessos em novembro do ano passado para 1,3% agora. O 5G standalone (puro) não era usado até o fim do ano passado e agora responde por 0,1% dos acessos.

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Até o fim desta semana, as prestadoras que adquiriram a faixa de 3,5 GHz (lote nacional e que proporciona melhores experiências de navegação) no leilão de 5G, devem ativar estações com a tecnologia nas cidades de Belém (PA), Macapá (AP), Manaus (AM), Porto Velho (RO) e Rio Branco (AC). Com isso, segundo a Anatel, todas as capitais passa a ter estações de 5G nessa frequência.

Até o momento, foram ativadas 5.275 estações 5G standalone nas capitais brasileiras, o dobro do mínimo estabelecido. Este total representa 5% das 93.159 estações do serviço móvel, de todas as tecnologias, ativadas no País. Até 2025 devem ser instaladas nas capitais 6.370 estações 5G.

O Brasil ainda possui 10,1% dos acessos móveis em tecnologia 3G e 9,5% no 2G, que aos poucos vai ser desativado. A tendência é de que nos próximos meses essas duas faixas cedam espaço para o 4G, faixa em que as operadoras têm obrigação de avançar principalmente em estradas, escolas e locais mais afastados dos centros urbanos, e do 5G, que tem sido instalado neste momento nas capitais e em regiões metropolitanas dos estados.

Na guerra das operadoras por clientes, pouca coisa mudou com a entrada em operação do 5G. Alteração significativa mesmo ocorreu com a venda da Oi – que detinha 16,3% do mercado – para as três principais operadoras de telefonia do País, Vivo, Claro e TIM, que juntas possuem agora 97,7% do mercado de internet mobile. Em novembro passado essa fatia era de 81,4%.

A Vivo continua na liderança desse mercado, com 38,3% dos acessos (eram 32,9% em novembro). A Claro detém 33% de share (eram 27,7%) e a TIM possui 26,4% (eram 20,6%).