18/10/2022 - 5:30
A Rússia lançou nesta terça-feira (18) uma série de ataques aéreos contra a infraestrutura civil em várias cidades da Ucrânia. Os bombardeios deixaram várias regiões sem eletricidade e água potável, no que parece ser uma tentativa de Moscou de deixar a população ucraniana sem luz e aquecimento durante o inverno.
Em Kiev, os bombardeios atingiram instalações elétricas ao norte, onde há uma usina termelétrica. Segundo o prefeito de Kiev, Vitali Klitschko, os alvos dos mais recentes dos ataques na cidade foram a infraestrutura crítica.
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Além da capital, foram registrados bombardeios nas regiões de Kharkiv, Dnipropetrovsk e Mykolaiv. Alertas soaram em todo o país.
“A Ucrânia está sob ataque dos invasores. Eles continuam fazendo o que fazem melhor: aterrorizando e matando civis”, afirmou o presidente ucraniano, Volodimir Zelenski, em mensagem no Telegram.
Militares russos admitiram que os bombardeios visavam a infraestrutura de energia. Em Kharkiv, os ataques atingiram uma região industrial e paralisaram os serviços de trem. Em Jitomir e Dnipro, os alvos foram instalações elétricas.
De acordo com o vice-chefe do gabinete presidencial ucraniano, Kyrylo Tymoshenko, os dois ataques contra infraestruturas elétricas na cidade de Dnipro “causaram grandes danos”. Várias regiões da cidade ficaram sem eletricidade. O mesmo ocorreu em Jitomir, onde o abastecimento de água também teve que ser interrompido.
Intensificação dos ataques
A Rússia intensificou os ataques contra a infraestrutura civil ucraniana nos últimos dias. Na segunda-feira, o centro de Kiev foi bombardeado com drones suicidas, deixando ao menos oito mortos.
Na semana passada, especialmente nos dias 10 e 11 de outubro, a Rússia atacou massivamente Kiev e várias regiões ucranianas, na maior onda de bombardeios em meses, em que a Rússia usou vários tipos de mísseis e drones kamikazes. Ao menos 19 pessoas morreram e 100 outras foram feridas.
Moscou classificou a onda de ataques como uma reação à destruição parcial de uma ponte estrategicamente importante que liga o território russo à Península da Crimeia.
cn (Reuters, dpa, AFP, Lusa)