20/10/2022 - 2:32
Pesquisa revela que as pessoas acima dos 50 anos precisam dormir pelo menos cinco horas por dia para evitar riscos de contrair doenças crônicas. Trata-se de estudo publicado na revista científica PLoS Medicine, que aplicou questionários a 7.864 participantes com essa idade, sendo 32,5% mulheres.
“A análise das transições nos estados de saúde mostrou que a curta duração do sono aos 50 anos de idade está associada a um aumento de 20% no risco de uma primeira doença crônica e a um risco aumentado semelhante de multimorbidade subsequente”, diz trecho da pesquisa.
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Segundo a publicação, os participantes que dormiram mais durante o período noturno desenvolveram menos probabilidade de morbidades quando envelheceram, enquanto as pessoas que tiveram sono interrompido ou mais curto, com menos de cinco horas, tiveram um grande salto no risco de doenças crônicas.
Os quase 8 mil participantes da pesquisa, funcionários públicos do Reino Unido, tiveram a saúde do sono monitorada e estavam livres de multimorbidade, quando há duas ou mais condições de saúde de longo prazo. Todos os interrogados responderam à pergunta “quantas horas de sono você dorme em média por noite durante a semana?”.
Com as respostas em mãos, os pesquisadores puderam avaliar os funcionários e também os acompanhados. Relógios inteligentes tornaram o monitoramento mais preciso na análise da relação do sono com doenças crônicas, incluindo diabetes, câncer e doenças cardíacas, ao longo de duas décadas de acompanhamento.
De acordo com o levantamento, quando comparadas aos que dormem sete horas por noite, as pessoas com menos de cinco horas de sono tiveram um risco cerca de 30% maior de desenvolver múltiplas morbidades. Dos monitorados, os com menos tempo dormido tiveram um risco maior de desenvolver uma primeira doença crônica e um risco subsequentemente maior de desenvolver multimorbidade e morrer.
Segundo especialistas, é necessário dormir cerca de oito horas por dia. Se não for possível, de acordo com a pesquisa, cinco horas deveriam pelo menos ser o mínimo. “Esses achados apoiam a promoção de uma boa higiene do sono na prevenção primária e secundária, visando condições comportamentais e ambientais que afetam a duração e a qualidade do sono”, diz trecho do estudo.