Com a vitória apertada de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no segundo turno das eleições no domingo (30), diversos aliados de Bolsonaro se manifestaram nas redes sociais com falas agressivas em que pedem até impeachment do presidente que nem ainda foi empossado.

Um deles foi o deputado Gustavo Gayer (PL-GO). “Ainda sem dormir. Não consigo acreditar que vivo em um país em que o presidente eleito é celebrado por traficantes, assassinos, ladrões, pedófilos e estupradores E a imprensa chama isso de democracia”, afirmou o parlamentar no Twitter.

+ Bolsonaro se mantém em silêncio 12 horas após derrota para Lula

+ Caminhoneiros param rodovias em 8 Estados contra a vitória de Lula; veja vídeos

+ Aliados de Bolsonaro reconhecem vitória de Lula enquanto presidente segue em silêncio

“Acho que assim como eu você também ficou devastado sem entender como metade do povo brasileiro pode votar em um criminoso condenado para a Presidência. (…) Mais da metade do Congresso é de direita. Não vamos deixar o Lula governar. Lula não vai durar muito tempo na Presidência, e falo isso como deputado federal eleito que vai trabalhar ativamente pelo seu impeachment. E nós vamos conseguir. E, se vier o Alckmin, nós vamos fazer o impeachment do Alkckmin também. Esse pessoal não vai ficar muito tempo no poder”, completou Gayer em vídeo publicado na mesma rede social.

https://twitter.com/GayerGus/status/1586878350395596801

Além de Gayer, também a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP), que no fim de semana foi filmada perseguindo o jornalista Luan Araújo com arma em punho, adotou tons dramáticos e afirmou que será “a maior oposição que Lula jamais imaginou ter”.

Segundo ela “o sonho de liberdade de 51 milhões de brasileiros permanece vivo”, algo que soa curioso pela forma como ela discute com opositores ameaçando atirar neles.

Já o colunista Igor Gadelha, do Metrópoles, relata que o chefe do setor de Comunicação Social do Ministério da Defesa, o general da reserva Rodrigo Vergara, protestou contra a eleição de Lula portando em seu perfil no WhatsApp uma imagem da bandeira do Brasil em preto e branco com a frase: “No meu país o crime compensa. Luto”.

Imagem usada em perfil de WhatsApp de general do Ministério da Defesa

Apesar da eloquência dos aliados, o mais afetado pela derrota, o presidente Jair Messias Bolsonaro (PL), não fez nenhuma manifestação após a derrota, mantendo um silêncio talvez ainda mais eloquente que a histeria de alguns de seus aliados.