07/11/2022 - 20:44
Alguns bilionários renunciaram à cidadania russa devido à invasão da Ucrânia. O magnata Oleg Tinkov, fundador do banco digital Tinkoff, anunciou na semana passada que renunciou à cidadania russa por discordar da invasão. “Tomei a decisão de abandonar minha cidadania russa. Não posso e não quero estar associado a um país fascista que desencadeia uma guerra com seu vizinho pacífico e que mata inocentes diariamente”, escreveu Tinkov no Instagram. A fortuna de Tinkov é estimada em US$ 8,2 bilhões.
O fundador e diretor executivo do banco digital Revolut, Nikolay Storonsky, tomou a mesma decisão. “Nik é um cidadão britânico. No início deste ano, ele renunciou à sua cidadania de nascimento para a Rússia. Sua posição sobre a guerra está no registro público: a guerra é totalmente abominável e ele permanece resoluto em pedir o fim imediato dos combates”, disse um porta-voz da Revolut, segundo publicação da Bloomberg.
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Em outubro, o bilionário e investidor do Vale do Silício nascido em Moscou, Yuri Milner, renunciou à sua cidadania russa. Segundo o executivo, ele e sua família “deixaram a Rússia para sempre” em 2014 após a anexação da Crimeia e agora o processo de renúncia da cidadania foi concluído oficialmente. O principal empresário do setor de tecnologia distanciou sua empresa da Rússia depois que a invasão gerou condenação e sanções dos governos ocidentais. A fortuna de Milner é estimada em cerca de US$ 3,5 bilhões.
Ruben Vardanyan, russo de ascendência armênia e dono de uma fortuna de US$ 1,3 bilhão, renunciou à cidadania em setembro. Ele é ex-diretor do banco de investimento Troika Dialog e negou que sua decisão tenha sido pautada pelo risco de sofrer sanções ocidentais. Vardanyan alega que a renúncia foi um apoio à região separatista do Nagorno-Karabakh, que é oficialmente parte do Azerbaijão, onde ele mora.
Em junho, o fundador da empresa de investimento Freedom Finance, Timur Turlov, renunciou a sua cidadania e se tornou cidadão do Cazaquistão. Ele tem fortuna estimada em US$ 2,3 milhões, segundo a revista Forbes. Turlov diz ter dificuldades em manter negócios russos em uma holding americana devido a proibição de investimento americano na Rússia.