06/02/2023 - 13:22
RIO DE JANEIRO (Reuters) – O ministro do Trabalho, Luiz Marinho, disse nesta segunda-feira que é contra serviços de mototáxi por aplicativo em grandes cidades, anunciado pela Uber em São Paulo e Rio de Janeiro em janeiro, mas logo suspenso após reclamações das duas prefeituras.
“Na minha visão seria uma irresponsabilidade autorizar o transporte de pessoas em motos”, disse ele a jornalistas antes da posse de Aloísio Mercadante como presidente do BNDES. “Os prefeitos estão corretíssimos”, complementou o ministro se referindo a São Paulo e Rio de Janeiro.
Segundo Marinho, o trânsito nas grandes cidades é muito intenso e perigoso, o que colocaria em riso a integridade dos motociclistas e passageiros.
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“A entrega de mercadorias já representa o maior índice de acidentes nas grandes cidades; portanto colocar um passageiro na traseira de uma moto seria uma grande irresponsabilidade”, acrescentou.
Marinho disse esperar que o Congresso se debruce sobre o tema e ressaltou que em cidades menores esse tipo de serviço eventualmente poderia ser liberado.
“Em grandes cidades é muito perigoso”, disse o ministro, afirmando que é “plenamente contra” o serviço de mototáxis em grandes cidades.
A Uber anunciou no final de janeiro a suspensão do seu serviço de transporte de passageiros por motocicletas na cidade de São Paulo, após proibição da prefeitura do município. Lançado no país em 2020, o serviço é operado atualmente em mais de 170 cidades do país, incluindo Fortaleza (CE) e Recife (PE), disse a companhia na ocasião.
(Por Rodrigo Viga Gaier)