(Reuters) – A Rússia disse nesta quinta-feira que está pronta para continuar trabalhando na criação de uma zona de segurança em torno da usina nuclear de Zaporizhzhia, na Ucrânia, depois que o chefe da empresa nuclear Rosatom se reuniu com o chefe da agência nuclear da Organização das Nações Unidas, Rafael Grossi, em Moscou.

A usina nuclear de Zaporizhzhia foi tomada pelas forças russas logo após a invasão da Ucrânia no ano passado e sofreu bombardeios repetidos, com Moscou e Kiev apontando se acusando mutuamente de arriscar um acidente nuclear.

A Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) pediu a criação de uma zona de segurança ao redor da usina, para evitar que armas pesadas e bombardeios causem mais danos.

“Rafael Grossi falou sobre a promoção de sua iniciativa para estabelecer uma zona de proteção de segurança nuclear na Usina Nuclear de Zaporizhzhia”, disse a Rosatom.

“A esse respeito, Alexey Likhachev (CEO da Rosatom) expressou a disposição do lado russo de continuar trabalhando na implementação da iniciativa do diretor-geral da AIEA”, afirmou.

A usina, que é a maior da Europa, respondia por cerca de 20% da geração nacional de energia da Ucrânia antes da invasão, mas não produz eletricidade desde setembro, quando o último de seus seis reatores foi desativado.

Depois da usina ter sido apreendida pelas tropas russas, a Rosatom assumiu o controle e instalou sua própria administração, um movimento que Kiev denunciou como ilegal.

(Reportagem de Caleb Davis)

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