A presidente do Banco do Brasil, Tarciana Medeiros, voltou a dizer que é possível conciliar a atuação comercial e a social à frente da instituição na live “A mulher à frente do Banco do Brasil”, realizada pela Federação Brasileira de Bancos (Febraban).

Tarciana citou como exemplo a entrega de 1.540 unidades residenciais do Minha Casa Minha Vida na semana passada, em Mato Grosso, junto com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Segundo a presidente, ao mesmo tempo em que o programa dá dignidade às famílias, abre uma porta para que os beneficiários passe a usar diversos serviços do banco. “Passa a ter a conta, movimentar recursos no BB, fazer outras operações de crédito. É atuação comercial.”

Na live, realizada no Dia Internacional da Mulher, Tarciana também disse que a instituição ainda tem muito para avançar em equidade de gênero em todas as funções. Ela, que é a primeira mulher a presidir o banco em 214 anos de história, lembrou que já indicou três mulheres para as vice-presidências do banco e afirmou que revisou o Código de Ética para reforçar que não serão tolerados abusos, importunação e intolerância.

“Precisamos evoluir na pirâmide hierárquica”, destacou. “A diversidade não pode ser ‘subassunto’, tem que ser discutida em todas as esferas em que nós tivermos espaço de fala”, completou, reforçando que é uma das suas missões dentro do banco.

Hoje, o BB lançou um programa de diversidade e a construção de uma estrutura de governança sobre o tema na empresa.

Otimismo

A presidente do Banco do Brasil, Tarciana Medeiros, afirmou que a instituição está otimista com a carteira de crédito em 2023, para o qual, segundo ela, a estimativa é de crescimento entre 7% e 11%, e que é possível alcançar a previsão estabelecida cuidando da inadimplência antes que ela aconteça. Conforme o guidance informado no balanço do quarto trimestre de 2022, porém, o BB espera avanço de 8% a 12% da carteira de crédito este ano.

Tarciana afirmou que, em sua gestão, quer avançar na inteligência analítica para a concessão de crédito, de modo a permitir a indicação da linha mais adequada para cada cliente, o que tende a reduzir a inadimplência – que, no banco, já é uma das mais baixas do mercado.

“Vamos entregar um Banco do Brasil para cada cliente”, disse. “Pretendendo evoluir para entregar ao cliente a melhor linha de crédito em preço, mas também mais adequada para cada um. Isso educa, protege e garante menores índices de inadimplência”, argumentou a presidente, completando que o banco vai continuar a investir em tecnologia.