WASHINGTON (Reuters) – O número de norte-americanos entrando com novos pedidos de auxílio-desemprego aumentou mais do que o esperado na semana passada, mas a tendência subjacente permaneceu consistente com um mercado de trabalho apertado.

Os pedidos iniciais de auxílio-desemprego aumentaram em 21 mil, para 211 mil em dado com ajuste sazonal na semana encerrada em 4 de março, informou o Departamento do Trabalho nesta quinta-feira. Economistas consultados pela Reuters previam 195 mil reivindicações para a última semana.

Os pedidos permaneceram abaixo de 200 mil por sete semanas consecutivas, indicando que os cortes de empregos no setor de tecnologia não tiveram um impacto material no mercado de trabalho.

Com o mercado de trabalho persistentemente apertado, as leituras de inflação fortes e os gastos do consumidor robustos em janeiro, o chair do Fed, Jerome Powell, disse ao Congresso dos Estados Unidos nesta semana que o banco central norte-americano provavelmente precisará elevar os juros mais do que o esperado.

Os mercados financeiros precificam um aumento de 50 pontos-base na reunião de política monetária do Fed de 21 a 22 de março, de acordo com a ferramenta FedWatch do CME Group.

O Fed elevou sua taxa de juros em 450 pontos-base desde março passado, de quase zero para uma faixa de 4,50% a 4,75%.

Os dados das reivindicações não têm relação com o relatório de emprego de fevereiro, que será divulgado na sexta-feira, pois está fora do período da pesquisa.

De acordo com uma pesquisa da Reuters com economistas, o relatório deve mostrar a criação de 205 mil empregos fora do setor agrícola em fevereiro, após um aumento de 517 mil em janeiro. A taxa de desemprego deve ficar inalterada no menor patamar em mais de 53 anos de 3,4%.

(Reportagem de Lucia Mutikani)

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