18/03/2023 - 0:10
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, pediu nesta sexta-feira ao Congresso norte-americano que dê aos reguladores maior poder sobre o setor bancário, inclusive o de aplicação de multas mais altas, recuperação de fundos e banir funcionários de bancos falidos, de acordo com um comunicado divulgado pela Casa Branca.
“Ninguém está acima da lei e fortalecer a responsabilidade é um fator importante para evitar má administração no futuro”, disse Biden em comunicado.
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De acordo com o presidente norte-americano, a lei atual “limita a autoridade do governo para responsabilizar os executivos”.
Segundo a Casa Branca, Biden pediu ao Congresso que dê ao Fundo Federal Garantidor de Depósitos (FIDC, na sigla em inglês) uma maior autoridade para recuperar a remuneração, “incluindo ganhos com vendas de ações, de executivos de bancos falidos como o Silicon Valley Bank e o Signature Bank”.
Além disso, o presidente dos EUA também pediu que o fundo tenha mais autoridade para banir executivos do setor bancário quando suas instituições entrarem em concordata e para multar gerentes cujos bancos falirem.
As falas de Biden vem em meio à crise de confiança que atinge o setor bancário norte-americano. Além da falência do Silicon Valley Bank (SVB) e do Signature Bank na semana passada, o First Republic Bank, um banco médio da Califórnia, informou na quinta-feira (16) que pediu socorro aos seus credores após ver uma retirada em massa de recursos por parte dos seus clientes.
Os temores se somaram, ainda, às recentes preocupações envolvendo o Credit Suisse, que também precisou pedir socorro ao Banco Central da Suíça após ter um aporte de capital negado por seu maior acionista, o Saudi National Bank, da Arábia Saudita.
Segundo a mídia internacional, o Departamento de Justiça dos Estados Unidos e a SEC (comissão de valores mobiliários norte-americana) agora investigam o colapso do SVB. As investigações estão sendo feitas separadamente e ainda estão em fase preliminar, podendo não levar a acusações ou alegações de irregularidades.