SÃO PAULO (Reuters) -A Petrobras iniciou o processo de contratação para afretamento de dois navios-plataformas do tipo FPSO destinados ao projeto Sergipe Águas Profundas (SEAP), na bacia de Sergipe-Alagoas, a cerca de 100 km da costa, conforme comunicado nesta segunda-feira.

As unidades serão estratégicas para ampliar a disponibilidade do gás nacional, além de abrir uma nova fronteira de produção na região Nordeste, segundo a companhia.

Cada plataforma FPSO (sistema flutuante de produção, armazenamento e transferência de petróleo), SEAP I e SEAP II, terá capacidade de processar diariamente até 120 mil barris de petróleo (bpd).

O óleo da região é leve, entre 38 e 41 graus API, e por ser considerado de boa qualidade possui maior valor comercial, disse a Petrobras.

Juntas, as duas unidades ainda terão potencial de ofertar até 18 milhões de metros cúbicos de gás por dia.

Além disso, o projeto SEAP tem potencial para “reduzir nossa dependência à importação” de gás natural, afirmou no comunicado o presidente da companhia, Jean Paul Prates.

O projeto SEAP I abrange as jazidas pertencentes aos campos de Agulhinha, Agulhinha Oeste, Cavala e Palombeta, localizados nas concessões BM-SEAL-10 e BM-SEAL-11.

A Petrobras é operadora das concessões BM-SEAL-11 –com 60% de participação, em parceria com a IBV Brasil Petróleo (40%)– e a BM-SEAL-10, onde detém 100% de participação.

Já o projeto SEAP II abrange jazidas dos campos de Budião, Budião Noroeste e Budião Sudeste, localizados nas concessões BM-SEAL-4, BM-SEAL-4A e BM-SEAL-10, respectivamente.

A companhia opera as concessões BM-SEAL-4 –com 75% de participação em parceria com a ONGC Campos Limitada (25%)– e BM-SEAL-4A e BM-SEAL-10, onde detém 100% de participação.

(Reportagem de Nayara Figueiredo; Edição de André Romani e Alexandre Caverni)

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