09/04/2023 - 12:08
TAIPÉ (Reuters) – O exército da China simulou ataques de precisão contra Taiwan em um segundo dia de exercícios ao redor da ilha neste domingo, com o Ministério da Defesa taiwanês relatando várias surtidas da força aérea e dizendo que estava monitorando as forças de mísseis da China.
A China, que reivindica Taiwan –governada democraticamente– como seu próprio território, iniciou três dias de exercícios militares ao redor da ilha no sábado, um dia após a presidente de Taiwan, Tsai Ing-wen, retornar de uma breve visita aos Estados Unidos.
A televisão estatal chinesa informou que as patrulhas de prontidão de combate e exercícios em torno de Taiwan continuam.
“Sob o comando unificado do centro de comando de operações conjuntas do teatro, vários tipos de unidades realizaram ataques de precisão conjuntos simulados em alvos-chave na ilha de Taiwan e nas áreas marítimas circundantes, e continuam a manter uma postura ofensiva ao redor da ilha”, afirmou.
+ China simula ataques contra ‘alvos cruciais’ em Taiwan
+ Taiwaneses se apegam a sua liberdade, apesar das ameaças da China
O Comando de Teatro do Leste das forças armadas chinesas divulgou uma curta animação dos ataques simulados em sua conta do WeChat, mostrando mísseis disparados de terra, mar e ar em Taiwan, com dois deles explodindo em chamas ao atingirem seus alvos.
Uma fonte familiarizada com a situação de segurança na região disse à Reuters que a China estava conduzindo ataques aéreos e marítimos simulados contra “alvos militares estrangeiros” nas águas da costa sudoeste de Taiwan.
“Taiwan não é o único alvo deles”, disse a fonte, falando sob condição de anonimato, já que não estava autorizada a falar com a mídia. “É muito provocativo.”
O Ministério da Defesa de Taiwan disse que, até as 16h (horário local) de domingo, avistou 70 aeronaves chinesas, incluindo caças Su-30 e bombardeiros H-6, bem como 11 navios, em torno de Taiwan.
O Ministério reiterou que as forças de Taiwan “não escalarão conflitos nem causarão disputas” e responderão “apropriadamente” aos exercícios da China.
(Por Yimou Lee e Ben Blanchard)