30/04/2023 - 14:26
Ataque no sábado atingiu depósito de combustível no porto de Sebastopol, usado pela frota russa do Mar Negro. Ministro da Defesa ucraniano afirma estar pronto para tentar reconquistar territórios ocupados pela Rússia. O Comando Sul do Exército ucraniano afirmou neste domingo (30/04) que a explosão ocorrida no sábado no porto de Sebastopol, na península da Crimeia, faz parte dos “preparativos” para uma contraofensiva das forças militares de Kiev durante a primavera europeia contra as forças russas.
“Este trabalho faz parte dos preparativos para a ofensiva em grande escala que todos esperam”, disse a porta-voz do Comando Sul, Natalya Humenyuk, citada pelos meios de comunicação ucranianos. De acordo com Kiev, a explosão de sábado de manhã destruiu dez tanques contendo 40 mil toneladas de combustível destinado à frota russa do Mar Negro, e não deixou feridos.
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Humenyuk disse que o ataque ao porto teria feito as autoridades pró-russas da península ocupada sentirem que “a ameaça é real”, e que familiares dos militares ali destacados teriam sido retirados da Crimeia.
Já o governador de Sebastopol, Mikhail Razvozhaev, disse que o ataque foi provocado pelo impacto de um drone e danificou o combustível em quatro tanques, mas não afetou o abastecimento de combustível à cidade, anexada pela Rússia em 2014, tal como o resto da península do Mar Negro.
Ele também afirmou que o evento não representou perigo para as infraestruturas civis na região. Nos últimos meses, as autoridades russas têm relatado numerosos ataques ucranianos na península, principalmente com drones de assalto.
O ataque ocorreu um dia após uma série de bombardeios russos a alvos civis em cidades ucranianas, que deixou pelo menos 25 mortos.
Ofensiva de primavera
Ainda no sábado, as autoridades ucranianas afirmaram que estão prontas para iniciar uma ofensiva durante a primavera europeia contra as forças russas.
“Os preparativos estão a chegando ao fim”, disse o ministro da Defesa ucraniano, Oleksiy Reznikov, sobre o ataque que o país quer lançar para reconquistar os territórios ocupados no leste e no sul pela Rússia.
“O equipamento foi prometido, preparado e parcialmente entregue. Em sentido amplo, estamos prontos”, disse em coletiva de imprensa, concluindo: “Quando Deus quiser, [quando houver] o tempo e a decisão dos comandantes, nós o faremos”.
No entanto, Reznikov acrescentou que os potentes tanques Abrams prometidos pelos Estados Unidos “não chegarão a tempo para participar desta contraofensiva”, pois sua entrega à Ucrânia só deve acontecer no final de 2023.
bl (Lusa, dpa)