10/05/2023 - 15:35
Uma pesquisa do Serasa Experian indica que 85% dos pais ensinam a importância de se ter uma vida financeira saudável aos filhos. Para acompanhar os avanços da inclusão digital, bancos tradicionais, digitais e fintechs estão com um novo olhar para o público infanto-juvenil e têm desenvolvido soluções financeiras mais intuitivas e desburocratizadas.
Dados do Banco Central do Brasil apresentados no Relatório de Economia Bancária mostraram um crescimento de 50% na última década no número de contas abertas por jovens entre 15 e 24 anos, com um total de 23 milhões delas.
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De acordo com Dayana Costa, DPO e gerente de privacidade da Incognia, empresa de identidade digital baseada em localização, existem formas de identificar situações de risco e medidas para reduzir as chances de se tornar vítima de golpes em aplicativos de serviços financeiros. São elas:
- Opte por aplicativos que forneçam medidas de segurança robustas
Ao escolher o banco que será utilizado pelas crianças, é imprescindível que, além da facilidade financeira e qualidade dos serviços, os pais avaliem quais as medidas de segurança que o aplicativo oferece, quais as soluções de prevenção à fraude que são disponibilizadas e como são implementadas – soluções de identidade digital baseada em localização, por exemplo, podem tornar a experiência do jovem mais fluida e, ao mesmo tempo, protegê-lo de golpes e fraudes.
- Atente-se à política de privacidade e termos de uso
Quando se trata de proteger crianças e adolescentes é indispensável que os pais ou responsáveis leiam as política de privacidade e os termos de uso desses aplicativos financeiros para entender como os dados de seus filhos são tratados, com quem são compartilhados e quais medidas são adotadas pelo banco para proteger seus dados e evitar que caiam na mão de fraudadores que podem utilizá-los para aplicação de golpes baseados, por exemplo, em engenharia social.
- Acompanhe o extrato de despesas diariamente
Essa é uma forma eficiente de garantir que a conta ou o cartão de crédito não estão sendo usados indevidamente, tanto pela criança ou pelo adolescente, quanto por possíveis criminosos. É essencial explicar a esses jovens a diferença entre transações instantâneas e os gastos com cartão – virtual ou físico, bem como a importância das senhas, o funcionamento do Pix e todos os detalhes. O acompanhamento de perto também possibilita verificar detalhes sobre a despesa, como a data e o local em que ela ocorreu.
- Observe os sites e aplicativos antes de comprar pela internet
Para fazer compras pela internet ou aplicativos de forma segura, as crianças e adolescentes precisam ser orientados a dar preferência a sites com selo de segurança (um cadeado que aparece na barra de endereço) e certificações de segurança. Outra precaução importante é manter o computador e o aparelho celular protegidos com antivírus e programas firewall e anti-spam. Além disso, não manter os dados de cartão salvos em aplicativos ou cartões é um fator adicional de proteção em casos de invasão de contas.
- Atente-se para fraudes disfarçadas
Crianças e adolescentes precisam ser orientados por seus pais e responsáveis sobre fraudes disfarçadas de benefícios e vantagens. Sempre desconfie de links de promoções e vantagens desproporcionais apresentadas fora da plataforma bancária. É importante investir na educação financeira desse público, orientando as crianças e adolescentes sobre as melhores práticas e cuidados que precisam ser adotados no uso de aplicativos, bem como no uso dos recursos financeiros.
- Não baixe aplicativos fora das lojas oficiais
As lojas oficiais dos sistemas operacionais, como a PlayStore do Android ou a App Store do iOS, são os locais a partir dos quais os aplicativos devem ser baixados, uma vez que para que um aplicativo seja disponibilizado nessas plataformas, ele precisa passar por uma série de testes de segurança, prover documentos comprobatórios e passar por processos de controle.
É essencial que nenhum aplicativo seja baixado a partir de links externos, porque geralmente estão corrompidos e podem conter vírus ou malwares que podem ter efeitos adversos nas contas dos usuários e também nos dispositivos móveis de maneira geral, inclusive permitindo acessos remotos e a possibilidade de performar ações a partir desse acesso remoto.