10/08/2023 - 13:43
Os Barômetros Globais Coincidente e Antecedente da Economia avançaram em agosto, o segundo mês seguido de alta, com melhora disseminada entre as regiões, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV). “O Barômetro Coincidente segue evoluindo lentamente em 2023, enquanto o Barômetro Antecedente avança mais rapidamente e se aproxima, em agosto, da média histórica dos 100 pontos”, ponderou a FGV.
O Barômetro Econômico Global Coincidente cresceu 1,5 ponto em agosto, para 87,2 pontos. Já o Barômetro Econômico Global Antecedente avançou 2,9 pontos, para 96,3 pontos, nível mais alto desde fevereiro de 2022.
“O nível de atividade e o mercado de trabalho nas economias ao redor do mundo vêm demonstrando resiliência no início do segundo semestre, a despeito de movimentos restritivos de política monetária face ao desafio inflacionário. Os Barômetros Globais refletem a melhora das expectativas nesse contexto, onde a probabilidade de uma desaceleração mais forte nas várias regiões e setores foi, pelo menos por hora, significativamente reduzida”, avaliou Paulo Picchetti, pesquisador do Instituto Brasileiro de Economia da FGV (Ibre/FGV), em nota oficial.
O Barômetro Coincidente reflete o estado atual da atividade econômica. O Barômetro Antecedente emite um sinal cíclico cerca de três a seis meses à frente dos desenvolvimentos econômicos reais. Os dois indicadores são produzidos pelo Instituto Brasileiro de Economia da FGV (Ibre/FGV) em colaboração com o Instituto Econômico Suíço KOF da ETH Zurique.
No Barômetro Global Coincidente, a região da Ásia, Pacífico & África contribuiu com 0,8 ponto, seguida pela Europa, com 0,5 ponto, e o Hemisfério Ocidental, com 0,2 ponto.
“Após certa estabilidade, o indicador Coincidente começa a esboçar alguma melhora, que é ainda insuficiente para sinalizar uma recuperação robusta, um reflexo do aperto monetário observado em diversos países como estratégia de combate à inflação”, apontou a FGV.
No Barômetro Global Antecedente, a região da Ásia, Pacífico & África contribui com 1,2 ponto, enquanto a Europa impacta em 1,0 ponto, e o Hemisfério Ocidental, 0,7 ponto.
“O nível dos indicadores, no geral, sugere expectativas pessimistas moderadas para a atividade mundial, com melhora gradativa nos últimos dois meses”, ressaltou a FGV.