30/08/2023 - 12:01
A GWM começou as suas operações oficialmente no Brasil em maio deste ano, com o lançamento do Haval H6. De lá para cá, no acumulado até julho, ela alcançou a liderança do mercado de híbridos no país, com 2.882 unidades comercializadas – à frente de Toyota Corolla Cross (2.817), Toyota Corolla (1.843), Caoa Chery Tiggo 5X (1.639) e BYD Song Plus (1.119), para citar.
Agora, a montadora chinesa mira o mercado 100% elétrico com o lançamento do Ora 03, que ocorreu na quinta-feira, 24. Com foco no público jovem, o modelo tem cara retrô, espaço de SUV compacto, preço de elétrico de entrada (a partir de R$ 150 mil), mas detalhes de veículo de luxo.
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A ideia da montadora é que o Ora lidere o mercado de elétricos, que em julho foi guiado pelo BYD D1, com 143 unidades emplacadas. A GWM afirma também que para ele ser fabricado em Iracemápolis (SP), planta com previsão de estreia em 1º de maio de 2024, o Ora terá que ter uma saída de cerca de 15 mil unidades por ano.
A novidade vai desembarcar em duas versões: Skin e GT, além da Skin Copacabana, especial de lançamento, com apenas 200 unidades. A principal diferença entre elas é a capacidade da bateria, de 48 kWh para a Skin, e de 63 kWh no modelo GT.
‘Segundo carro’
Em entrevista exclusiva à IstoÉ Dinheiro, Oswaldo Ramos, Chief Commercial Officer da GWM, explica que a ideia é completar a gama da linha e da casa do consumidor.
“Nós começamos com o Haval H6, como um SUV que normalmente é o primeiro carro da casa, o carro que a família usa para viajar. E você precisa completar essa gama, o próprio consumidor nosso de Haval H6 e outros de carros híbridos. O consumidor queria um carro mais urbano, 100% elétrico, porque não é o carro da casa. 40% dos consumidores de carro 0km, no ano passado, tem um segundo carro em casa. É um mercado com muito potencial e com muito consumidor jovem, que exige essa tecnologia.”
Mercado de eletrificados no Brasil
O mercado de eletrificados está crescendo cada dia mais no Brasil e chegou a 3,5% de participação em julho, segundo dados da ABVE (Associação Brasileira do Veículo Elétrico). Atualmente, o país comercializa mais de 200 modelos eletrificados diferentes e conta com aproximadamente 3.500 eletropostos públicos e semipúblicos.
“Tem uma estatística muito interessante, de nível global, que quando o mercado chega em 4% de eletrificados (de participação em relação ao todo), ele dispara. Enquanto é 1%, 2%, é nicho, tem pouca infraestrutura, as pessoas desconhecem a tecnologia. E 4% é um número mágico, ele começa a disparar porque todo mundo vê que é muito melhor e os números crescem exponencialmente. Ano que vem no Brasil, a gente atinge 4%.”