O dólar recuou nesta quarta-feira, 4, ante outras moedas principais, com o euro e a libra apoiados após dados locais, embora eles não amparassem grande euforia sobre o quadro. Nos Estados Unidos, o dado de geração de vagas no setor privado da ADP veio mais fraco que o esperado, e investidores monitoravam também o recuo nos retornos dos Treasuries, que acalmou um pouco o quadro no mercado da dívida americana após dias de pressão recente. Na Argentina, o dólar negociado no mercado paralelo, chamado de dólar blue, renovou recorde histórico.

No fim da tarde em Nova York, o dólar subia 149,05 a ienes, o euro avançava a US$ 1,0517 e a libra tinha alta a US$ 1,2151. O índice DXY, que mede o dólar ante uma cesta de moedas fortes, registrou baixa de 0,19%, a 106,799 pontos.

O DXY chegou a avançar logo cedo, mas inverteu o sinal ainda pela manhã, após dados da Europa que apoiaram divisas locais. Na zona do euro, o índice de gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) composto subiu a 47,2 em setembro, acima da prévia e da previsão dos analistas ouvidos pela FactSet, ambas em 47,1. Já o PMI de serviços do Reino Unido caiu a 49,3 em setembro, mas ficou bem acima da prévia de 47,2, que era também a expectativa dos analistas. O PMI composto britânico caiu de 48,6 em agosto a 48,5 em setembro.

Nos EUA, o PMI composto se manteve em 50,2 em setembro, quando analistas previam 50,1. Já a ADP informou que a geração de vagas no setor privado no país foi de 89 mil em setembro, quando analistas ouvidos pela FactSet previam 140 mil. O dado da ADP pressionou os juros dos Treasuries, e a queda dos retornos foi apontada hoje como motivo de alívio nos mercados, após ganhos recentes, o que contribuiu também para o dólar recuar.

Ante moedas emergentes, o dólar avançava a 350,1599 pesos argentinos. No mercado paralelo, o chamado dólar blue chegou a tocar 850 pesos, novo recorde nominal histórico. Há cautela com o quadro econômico no país e também com a eleição, que terá primeiro turno ainda neste mês, no dia 22.