09/10/2023 - 13:11
A National Association for Business Economics (Nabe) afirma, em pesquisa publicada nesta segunda-feira, 9, feita com 40 profissionais das projeções, que o Produto Interno Bruto (PIB) dos Estados Unidos deve avançar 2,1% neste ano. Os participantes da sondagem também esperam que haverá desaceleração inflacionária, mas há divergências sobre seu ritmo, e a maioria deles acredita que o primeiro corte de juros pelo Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) ocorrerá no primeiro semestre de 2024.
Os participantes da pesquisa esperam que o PIB dos EUA avance 2,0% no quarto trimestre, na comparação com igual trimestre do ano passado. Na pesquisa de maio, esperavam alta de apenas 0,4%.
Já para todo o ano de 2024, a expectativa é de que o crescimento desacelere a 1,1% (na pesquisa em maio, esperava-se alta de 1,7%).
Há também expectativa por desaceleração “significativa” na inflação, diz a Nabe, mas sem concordância sobre o ritmo. O índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) deve subir 3,2% no quarto trimestre, na comparação anual no país. No quarto trimestre de 2024, a alta anual deve estar em 2,4%, apontam os consultados.
Já para o índice de preços de gastos com consumo (PCE, na sigla em inglês), as expectativas são de 3,1% de alta no quarto trimestre de 2023, ante igual período de 2022, e de avanço de 2,2% no ano que vem. A meta do Fed é de inflação em 2%.
Ainda na pesquisa, 46% dos economistas ouvidos acreditam que o núcleo da inflação irá desacelerar a 2% antes do fim de 2024. Já 54% creem que isso ocorrerá apenas em 2025 ou mesmo depois.
Os especialistas ouvidos acreditam que haverá pouco emprego gerado nos EUA em 2024, e esperam que a taxa de desemprego esteja em 3,5% no quarto trimestre deste ano e em 4,3% no quarto trimestre do ano que vem.
A maioria dos analistas consultados também avalia que o Fed já atingiu o pico em seu ciclo de aperto monetário. Mais de um terço deles acredita que o primeiro corte de juros do BC norte-americano virá já no primeiro trimestre de 2024. Os economistas citam ainda um aperto excessivo na política monetária como o principal risco de baixa para os EUA.