O dólar operou misto ante moedas fortes nesta quarta-feira, 8, avançando ante o iene, mas em queda ante euro. A moeda americana foi pressionada pela desaceleração dos retornos dos Treasuries, enquanto analistas chamam atenção para a possibilidade de maior enfraquecimento do dólar nos Estados Unidos.

O índice DXY, que mede o dólar ante uma cesta de moedas fortes, subiu 0,05%, aos 105,593 pontos. Ao fim da tarde, o dólar subia a 151,02 ienes, o euro avançava a US$ 1,0709 e a libra tinha baixa a US$ 1,2286.

Na visão da Convera, a baixa dos rendimentos dos Treasuries indica que o Fed já deve ter terminado as altas nos juros, o que tende a pressionar o dólar. Ainda, a análise destaca que, apesar da força do Produto Interno Bruto (PIB) dos EUA no terceiro trimestre, o crescimento deve começar a desacelerar, o que apoia a ideia de que o ciclo de aperto monetário terminou.

O Société Générale, por sua vez, avalia que a expectativa é que o dólar desacelere em 2024, à medida que a economia enfraquece e o Fed começa a flexibilizar a política monetária. “Tal como a política monetária globalmente acomodatícia fez com que o dólar caísse em 2020, antes de o desempenho econômico dos EUA o ter puxado para cima em 2021, 2022 e novamente em 2023, o crescimento mais lento dos EUA e a política menos rígida da Fed enfraquecerão o dólar em 2024”.

Já para Valbury, olhando especificamente para o euro, o mercado segue se preparando para um cenário econômico fraco para a moeda da comum, que deverá seguir em 2024. “No entanto, notamos que o impacto dos dados fracos sobre o desempenho do euro diminuiu, em parte porque os dados negativos foram descontados”.