28/11/2023 - 13:45
Diretora do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano), Michelle Bowman reforçou nesta terça-feira, 28, expectativa de que o Comitê Federal de Mercado Aberto (FOMC, na sigla em inglês) tenha que voltar a subir juros no ciclo atual para assegurar o retorno sustentado da inflação à meta de 2% nos EUA. A previsão contraria as apostas vigentes no mercado e entre outros dirigentes da autoridade monetária.
+Força do mercado de trabalho requer juros altos por mais tempo, diz dirigente do BoE
Em discurso, Michelle Bowman reconheceu a desaceleração recente dos preços, mas alertou que os progressos têm sido desiguais.
“Não está claro se melhorias adicionais do lado da oferta continuarão a reduzir a inflação”, afirmou ela, que chamou atenção para a contínua resiliência da maior economia do planeta, bem como do nível de emprego.
A dirigente também alertou para riscos de que o encarecimento da energia reverte os avanços no processo de retomada de contenção inflacionária.
Segundo ela, os ganhos na participação da força de trabalho ainda podem ficar limitados à frente. Enquanto há risco de que perdas na educação associadas à pandemia reduzam a produtividade dos americanos.
Para ela, também é possível que os juros tenham que ficar estruturalmente mais elevados do que antes da pandemia. De qualquer forma, Bowman garante que não vê a política monetária em curso predefinido.
“Continuarei a acompanhar de perto os dados recebidos enquanto avalio as implicações para as perspectivas econômicas e a trajetória adequada da política monetária”, disse ela, que advertiu para os riscos declarar vitória prematura contra a inflação.