Faltando menos de 30 dias para o Natal, as empresas já preparam iniciativas para celebrar a data com os funcionários. Um das mais comuns é o amigo oculto, brincadeira tradicional da época que envolve a troca de presentes surpresa.

No entanto, nem sempre todos os trabalhadores se sentem confortáveis para participar, já que a atividade envolve gastos extras e uma, ainda que rápida, performance de interação social além da requisitada no emprego.

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“A decisão de participar ou não das festas de fim de ano ou amigo secreto é exclusiva do colaborador, especialmente se forem realizados após o expediente. O que recomendo considerar sempre é a cultura organizacional e a compreensão, seja qual for a decisão. Afinal, ninguém sabe pelo que o outro está passando e situações que envolvem gastos extras podem comprometer a renda”, explica Ana Paula Prado, CEO do Infojobs e porta-voz do Pandapé.

A iniciativa costuma vir dos próprios colegas de trabalho, sendo mais incomum vir dos chefes. “Não necessariamente o empregador precisa concordar ou ter interesse em promover qualquer tipo de celebração, seja motivo religioso ou pessoal”, acrescenta Patrícia Garcia, professora de Direito Trabalhista no Ibmec Rio. Outras atividades, como jantares, almoços e festas de Natal também não são obrigatórias, tanto por parte dos empregadores quanto a presença de funcionários.

Para quem, no entanto, for participar da brincadeira do amigo oculto, a gerente de Recursos Humanos da Luandre, Debora Herdeiro, lista algumas dicas:

  • Seguir o valor estipulado e a lista de dicas de presente. Isso vale mesmo se for o chefe ou o dono da empresa;
  • Nunca é interessante dar presentes muito baratos ou caros demais, pois um momento festivo e pode se tornar constrangedor;
  • Presentes muito íntimos como roupas e perfumes ou dinheiro também devem ser evitados;
  • Vale-presentes tampouco são recomendados, pois dá a impressão de que a pessoa não se preocupou em buscar um presente para a pessoa escolhida.

Fique atento

Presentes de amigo oculto são gastos extras que entram na cota do fim de ano dos trabalhadores. Sendo assim, vale colocar na ponta do lápis. “Se o profissional perceber que o valor estipulado é muito acima do esperado, é melhor não participar da festividade, pois o momento da entrega do presente pode se transformar em uma situação constrangedora”, adiciona Debora. 

  • Sempre dar um presente que esteja de acordo com a personalidade do sorteado. Caso a pessoa ainda esteja em dúvida, conversar com um amigo próximo pode ajudar com ideias. Canecas e livros podem ser uma boa alternativa de presente;
  • No caso do presenteado, não se deve demonstrar que não gostou do presente. Basta agradecer e ser gentil;
  • Na hora de descrever o amigo oculto, evitar falar de características físicas ou fazer ou brincadeiras muito pessoais. O recomendável é elogiar os pontos positivos.