19/02/2024 - 10:25
A produção brasileira de cloro somou 959,5 mil toneladas entre janeiro e novembro de 2023, o que representa um avanço de 1,8% na comparação com o mesmo período do ano anterior. Já a produção de soda cáustica, realizada em paralelo à do cloro, foi de 1,053 milhão de toneladas, volume 2% maior ante o mesmo período de 2022. Os dados são da Associação Brasileira da Indústria de Álcalis, Cloro e Derivados (Abiclor).
A entidade, que representa 98% das indústrias brasileiras do setor, aponta que o consumo cativo de cloro (quando o produto é utilizado pelo próprio setor para a produção de outros químicos) no acumulado até novembro de 2023 foi de 872,9 mil toneladas, valor 1,7% maior no comparativo com o mesmo intervalo de 2022. Ainda no mesmo intervalo de comparação, as vendas totais somaram alta de 6,1%.
O produto foi utilizado principalmente para a produção de dicloroetano (DCE), ácido clorídrico e hipoclorito de sódio. Os três compostos atendem a diversos fins, entre eles, limpeza e desinfecção.
O setor de cloro-álcalis também produziu 251,823 mil toneladas de ácido clorídrico no acumulado de janeiro a novembro de 2023. Do total, 92,8% foi comercializado com a indústria de alimentos, papel e celulose, metalúrgicas, revendas, entre outros. O hipoclorito de sódio, outro produto relevante do setor, também somou 69,916 mil toneladas produzidas no período.
A taxa de utilização da capacidade instalada do setor de cloro-álcalis acumulada no período de janeiro a novembro de 2023 foi de 77,9%. Em novembro, a taxa de utilização da capacidade instalada foi de 72,9%.
O presidente-executivo da Abiclor, Milton Rego, classificou o crescimento na demanda por cloro como “muito pequeno” e destacou que a utilização de capacidade instalada medida pela entidade continua em níveis baixos.
“Dois fatores explicam essa dinâmica: de um lado, o desempenho da indústria química está sendo fortemente penalizado pelas importações. Como o cloro e seus derivados é uma matéria-prima para mais da metade dos produtos químicos, existe uma redução da demanda dos produtos clorados por esse segmento. Por outro lado, investimentos no setor de saneamento aumentam a procura por nossos produtos para tratamento de água e esgoto e para o investimento em novas instalações”, afirmou Milton Rego.