20/02/2024 - 18:13
O dólar caiu hoje ante outras divisas principais, com o euro sustentado por dado da região e a libra, por sinalizações do Banco da Inglaterra (BoE, na sigla em inglês). Em dia de agenda modesta, investidores também se posicionavam para a publicação da ata da mais recente reunião de política monetária do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), que sai nesta quarta-feira.
No fim da tarde em Nova York, o dólar recuava a 150,00 ienes, o euro avançava a US$ 1,0812, e a libra tinha alta a US$ 1,2625. O índice DXY, que mede o dólar ante uma cesta de moedas fortes, registrou queda de 0,17%, a 104,079 pontos.
Na agenda europeia, indicador do Banco Central Europeu (BCE) apontou que os salários negociados na zona do euro tiveram avanço anual de 4,5%, no quarto trimestre de 2023. O resultado mostrou alguma perda de fôlego, após o recorde de ganho de 4,7% visto no terceiro trimestre de 2023, mas ainda mostra mercado de trabalho apertado, o que tende a manter a inflação elevada. Com isso, o BCE tenderia a manter postura de manter os juros altos, para garantir que a inflação retorne à meta de 2%. A notícia, portanto, apoiou o euro hoje. Na avaliação da hEDGEpoint, a resiliência da atividade pode fazer o BCE cortar os juros apenas em junho.
No caso do Reino Unido, o presidente do BoE, Andrew Bailey, considerou hoje que o mercado de trabalho segue apertado. Segundo ele, não há necessidade de cortar juros rápido neste ano, mas Bailey também disse que uma redução antes que a inflação retorne à meta seria uma possibilidade. Nesta semana, o Goldman Sachs mudou previsão sobre quando o BC britânico deve começar a cortar juros, de maio para junho.
Em relação ao dólar, continuava a expectativa com a ata do Fed, nesta quarta-feira, e também com declarações de dirigentes nesta semana. O TD Securities comenta que o documento pode trazer mais detalhes sobre as discussões recentes dos dirigentes, bem como as conversas em andamento sobre ajustes na iniciativa para gradual redução no balanço do BC americano.