01/03/2024 - 12:49
O Brasil se tornou a nona economia do mundo, seguindo a projeção do FMI (Fundo Monetário Internacional). Nesta sexta-feira, 1º, o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulgou o PIB (Produto Interno Bruto) brasileiro, que encerrou 2023 com crescimento de 2,9%, totalizando R$ 10,9 trilhões.
“O principal destaque foi a agropecuária. Se ela tivesse crescido apenas 1%, nós teríamos o PIB mais próximo de 2%. Ela foi determinante para toda essa revisão que houve para cima do PIB”, explica Alex Agostini, economista-chefe da Austin Rating, agência classificadora de risco de crédito de origem brasileira, com exclusividade para a ISTOÉ DINHEIRO.
No final do ano passado, o FMI havia feito uma previsão de crescimento do PIB de 3,1%. Mesmo menor, o país conseguiu US$ 2,173 trilhões (dólar PTAX médio do ano) e ultrapassar o Canadá, com PIB estimado em US$ 2,12 trilhões. No ano anterior, o Brasil estava na 11ª posição.
“O Brasil melhorou duas posições em relação a 2022, para nona posição, por alguns fatores. Ele cresceu muito próximo a média global (3,1%). Muitos países não conseguiram crescer nessa intensidade, seja por questões geopolíticas, ou por uma política monetária restritiva. E o Brasil conseguiu melhorar o seu desempenho por uma questão de uma super safra, uma queda de juros, retomou uma confiança dos investidores, dos empresários e da população, e a questão da valorização do real.”
Para 2026, o Fundo Monetário Internacional projeta que o país se torne a oitava maior economia do mundo, com PIB estimado em US$ 2,476 trilhões.
“Com um ritmo de crescimento mais forte dos que estão abaixo. A expectativa é que o Brasil volte a ter um crescimento de 2% e o real não deve se desvalorizar frente ao dólar.”
O economista ressaltou que a diretora do FMI, Kristalina Georgieva, comentou que o Banco Central brasileiro tem feito um bom trabalho, além da questão da reforma tributária.