09/03/2024 - 8:32
O Conselho de Administração da Vale decidiu na sexta-feira, 8, manter o atual presidente da companhia, Eduardo de Salles Bartolomeo, no cargo até o dia 31 de dezembro de 2024. Em um comunicado aos investidores, divulgado após o fechamento do mercado, a empresa informou que o atual CEO irá apoiar a transição para a nova liderança no início de 2025.
Segundo a Vale, Bartolomeo também “atuará como advisor da companhia até 31 de dezembro de 2025”. “A definição do novo presidente da Vale deverá considerar os atributos e perfil necessários para a posição frente a estratégia e desafios futuros da companhia”, destacou no comunicado.
O mandato atual de Bartolomeo estava previsto para terminar no dia 26 de maio de 2024. Desde o ano passado, a Vale já discutia a sucessão, com o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) indicando que gostaria de ver o ex-ministro da Fazenda Guido Mantega como CEO.
O ministro Alexandre Silveira chegou a defender a indicação a acionistas da empresa. Dois representantes do Conselho de Administração da companhia – Daniel Stieler, presidente do colegiado, e Ollie Oliveira, líder dos conselheiros independentes – se encontraram com Silveira para argumentar contra a intervenção em favor de Mantega. No dia seguinte, o governo recuou e desistiu de tentar emplacar Mantega no cargo de CEO da mineradora. Silveira negou publicamente a ofensiva.
Privatizada em 1997, a Vale é hoje uma multinacional da mineração. É uma das maiores produtoras de minério de ferro, de pelotas e de níquel do mundo. A empresa foi fundada em 1942 como Companhia Vale do Rio Doce (CVRD) para a exploração das minas de ferro na região de Itabira, em Minas Gerais.
A Vale anunciou, no último dia 22, um lucro de R$ 39,94 bilhões em 2023, cifra que representa uma queda de 58% frente o resultado do ano anterior. O desempenho mais fraco se deve a perdas cambiais e ao menor preço médio realizado pelos insumos no período.
* Com informações do Estadão Conteúdo