14/03/2024 - 16:24
O valor das 50 marcas brasileiras mais valiosas cresceu 4% nos últimos dois anos, segundo o novo Relatório das Marcas Brasileiras Mais Valiosas, da Kantar BrandZ. O valor total das companhias listadas no ranking ultrapassou a marca de US$ 82,8 bilhões — ou cerca de R$ 412 bilhões na conversão para o real.
+As marcas mais valiosas do Brasil em 2023
O banco Itaú lidera o ranking de 2024 com um valor de marca de US$ 7,4 bilhões e responde por 8,9% de todo o ranking. No Top 50, onze marcas de serviços financeiros contribuem com 30% do valor total da marca, sendo o Banco do Brasil (nº 15; US$ 1,6 bilhão) a que mais cresceu, subindo sete posições e crescendo 55% em dois anos. Veja abaixo o raking:
Ranking Kantar BrandZ Top 10 Marcas Brasileiras Mais Valiosas 2024
- Itaú (US$ 7,3 bilhões)
- Brahma (US$ 6,6 bilhões)
- Skol (US$ 5,8 bilhões)
- Claro (US$ 5,7 bilhões)
- Nubank (US$ 4,5 bilhões)
- Bradesco (US$ 4,3 bilhões)
- Vivo (US$ 3,3 bilhões)
- Localiza (US$ 3 bilhões)
- Petrobras/BR (US$ 2,6 bilhões)
- Antarctica (US$ 2,4 bilhões)
Para elaborar o ranking, a Kantar BrandZ avalia o valor da marca, quantificando a contribuição das marcas para o desempenho financeiro dos negócios. As classificações anuais de avaliação de marcas globais e locais da Kantar combinam dados financeiros rigorosamente analisados com extensa pesquisa de brand equity. Desde 1998, a BrandZ compartilha insights de construção de marca com líderes empresariais com base em entrevistas com 4,2 milhões de consumidores, de 21 mil marcas em 54 mercados.
A classificação de 2024 baseia-se nas opiniões de 10.800 entrevistados sobre 396 marcas em 27 categorias. A capacidade de qualquer marca de impulsionar o crescimento dos negócios depende de como ela é percebida pelos clientes. Baseada na opinião do consumidor, a análise permite às empresas identificar a força de uma marca no mercado e fornece orientação estratégica clara sobre como aumentar o valor a longo prazo. As marcas classificadas devem atender a estes critérios de elegibilidade:
- A marca deve ter origem no Brasil e ser propriedade de empresa listada em bolsa de valores reconhecida;
- Para marcas originárias do Brasil e de propriedade de empresas privadas, suas demonstrações financeiras devem estar disponíveis em domínio público;
- As marcas unicórnios brasileiras devem ter sua avaliação mais recente disponível publicamente.
O setor de serviços financeiros no Brasil está passando por uma enorme transformação com a chegada de fintechs que priorizam o digital, como o Nubank (5º lugar; US$ 4,6 bilhões) e cada vez mais clientes que priorizam o digital. Como resultado, bancos tradicionais como o Itaú e o Banco do Brasil estão tendo que investir em novas tecnologias e experiências dos clientes para se manterem à frente da concorrência.
“O último ranking das Marcas Brasileiras Mais Valiosas da BrandZ mostra o quão resilientes as marcas têm sido após a disrupção e a incerteza dos últimos anos no Brasil e nos mercados globais”, diz o Diretor Geral da Divisão de Insights da Kantar no Brasil, Milton Souza.
“Com 19 marcas aumentando o seu valor este ano, temos uma retomada de crescimento similares tempos pré-pandemia, com as marcas investindo em novas campanhas, eventos e festivais, para garantir que se engajam com os consumidores”, acrescenta.
Nove marcas estreiam no ranking de marcas mais valiosas
Nesta edição, há nove recém-chegadas ao ranking do Brasil, incluindo Localiza (US$ 3,1 bilhões), com a melhor estreia, na 8ª posição. A locadora de veículos, com 50 anos de existência, continua evoluindo constantemente seu modelo de negócios para permanecer relevante para os consumidores brasileiros, segundo a Kantar.
Com a rápida mudança do ritmo tecnológico nos setores bancário e de pagamentos, existem quatro novas marcas de serviços financeiros, incluindo SulAmérica (nº 19; US$ 1,2 bilhão), Rede (nº 27; US$ 1,0 bilhão), PagBank (nº 46; US$ 359 milhões) e C6 Bank (nº 49; US$ 314 milhões).
Duas outras novas marcas de Tecnologia e Serviços ao Consumidor entram no ranking pela primeira vez, Unidas (21ª posição; US$ 1,2 bilhão) e Movida (33ª posição; US$ 752 milhões).
A marca global de chinelos Havaianas (35ª posição; US$ 711 milhões), que vende seus produtos em mais de 130 países, também faz sua primeira entrada no Top 50 na 35ª posição, com um valor de marca de US$ 711 milhões. Leão (No.44; US$ 377 milhões), uma marca com 120 anos de tradição que é sinônimo de chá no Brasil, é a única nova marca de Alimentos e Bebidas este ano.