30/04/2024 - 17:26
O dólar se fortaleceu nesta terça-feira, 30, apoiado pelo índice de custo de emprego dos Estados Unidos, que cresceu acima do esperado no primeiro trimestre. O euro, por sua vez, recuou em meio à publicação de dados e a declarações do Banco Central Europeu (BCE), enquanto o iene retomou trajetória de baixa recente e algumas moedas latino-americanas estiveram em foco.
No fim da tarde em Nova York, o dólar subia a 157,72 ienes, o euro recuava a US$ 1,0677 e a libra tinha baixa a US$ 1,2503. O índice DXY, que mede o dólar ante uma cesta de moedas fortes, registrou alta de 0,61%, a 106,221 pontos, com ganho mensal de 1,60%.
O índice de custo do emprego cresceu 1,2% no primeiro trimestre de 2024 ante o anterior, após ajustes sazonais. Analistas ouvidos pela FactSet previam alta menor, de 0,9%. Na comparação anual, o avanço foi de 4,2%, quando se esperava 4,0%.
O dado apoiou expectativas de postura mais dura do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) para conter a inflação, apoiando o dólar e os juros dos Treasuries. Na avaliação do Wells Fargo, o índice foi “mais um revés para a luta do Fed contra a inflação”.
Nesse contexto, o euro recuou. Na agenda europeia, o Produto Interno Bruto (PIB) da zona do euro cresceu 0,3% no primeiro trimestre ante o anterior, na leitura preliminar de hoje, acima da previsão de alta de 0,1% dos analistas. O índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) da região subiu 2,4% em abril, na comparação anual, como esperado, repetindo resultado do mês anterior. O Julius Baer revisou para cima sua expectativa para o crescimento da zona do euro em todo o ano atual, a 0,6%, e disse esperar corte de juros em junho pelo BCE.
Entre dirigentes do banco central, Pablo Hernández de Cos disse que o BCE deve começar a cortar juros em junho se a inflação continuar a recuar gradualmente. Para François Villeroy de Galhau, os dados de hoje foram “bastante animadores” e reforçavam a confiança sobre corte em junho. Já Robert Holzmann defendia uma pausa, após o possível corte em junho, ante riscos geopolíticos que podem afetar a inflação.
Na região, o dólar avançava a 876,9890 pesos argentinos, no dia em que a Câmara dos Deputados aprovou projeto de lei que prevê reformas econômicas almejadas pelo presidente Javier Milei. O projeto de lei permitia algumas privatizações, mas bem menos do que o governo em princípio desejava.
Ainda hoje, o Banco Central da Colômbia decidiu cortar sua taxa básica de juros em 50 pontos-base, por maioria, com dois dirigentes preferindo reduções maiores. O dólar subia a 3.921,50 pesos colombianos. Já no México, o PIB cresceu 0,2% no primeiro trimestre, menos que a previsão de alta de 0,4% dos analistas. Após o dado, o peso mexicano reduziu ganhos pontualmente, após o dado, para depios perder mais fôlego. No horário citado, o dólar avançava a 17,1325 pesos mexicanos.