01/05/2024 - 17:33
O dólar perdeu força à tarde, após o Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) manter a política monetária, como amplamente esperado. Investidores avaliavam a comunicação do Fed, que não se comprometia com os próximos passos, mas considerava “improvável” que a próxima mudança nos juros fosse uma elevação.
No fim da tarde em Nova York, o dólar recuava a 157,38 ienes, o euro subia a US$ 1,0701 e a libra tinha alta a US$ 1,2508. O índice DXY, que mede o dólar ante uma cesta de moedas fortes, registrou baixa de 0,44%, a 106,221 pontos.
O Fed manteve os juros, como amplamente esperado, e anunciou que reduzirá o ritmo do corte de seu balanço a partir de junho. Durante entrevista coletiva, o presidente do BC, Jerome Powell, ressaltou que houve um estancamento recente no progresso rumo à meta de inflação em 2%, mas evitou falar em mais aperto. Powell reafirmou a confiança de que o Fed levará a inflação a seu objetivo, mas disse que isso pode demorar um pouco mais que o antes esperado.
Em meio às declarações, o monitoramento do CME Group mostrava no fim desta tarde um leve crescimento na chance de corte de juros ainda neste ano, com trajetória mais provável de uma redução de apenas 25 pontos-base até dezembro. No fim da tarde, o monitoramento do CME mostrava como mais provável o primeiro corte nos juros ocorrer até setembro.
Na agenda de indicadores, o índice de gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) do Instituto para Gestão da Oferta (ISM) na indústria dos EUA caiu a 49,2 em abril, abaixo da previsão de 50 e em território de contração. Já o PMI industrial do país medido pela S&P Global recuou a 50,0, na leitura final de abril, acima da preliminar de 49,9 e em linha com o esperado.
Na Europa, entre dirigentes do Banco Central Europeu (BCE) Pablo Hernández de Cos afirmou que os riscos agora estão mais contidos. Ele demonstrou confiança de que a inflação deve retornar à meta de 2% em meados de 2025.