O volume de serviços prestados subiu 0,4% em março ante fevereiro, na série com ajuste sazonal, segundo os dados da Pesquisa Mensal de Serviços, informou nesta terça-feira, 14, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O resultado marcou o segundo mês no azul no ano depois de alta de 0,5% em janeiro e queda de 0,9% em fevereiro.

O resultado de março ficou ligeiramente acima da mediana das previsões de analistas ouvidos pelo Projeções Broadcast, que apontava alta de 0,3%. O intervalo das estimativas ia de queda de 0,5% a uma alta de 1,4%.

Na comparação com março do ano anterior, houve redução de 2,3% em março de 2024, já descontado o efeito da inflação. Nessa comparação, as previsões eram de uma redução de 3,7% a alta de 1,9%, com mediana negativa de 2,5%.

A taxa acumulada no ano – que tem como base de comparação o mesmo período do ano anterior – foi de alta de 1,2%. Em 12 meses, os serviços acumulam alta de 1,4%.

Com o resultado de março, o volume de serviços ficou 12,1% acima do nível pré-pandemia, de fevereiro de 2020, e 1,5% abaixo do ponto mais alto da série histórica, alcançado em dezembro de 2022.

O setor de serviços terminou 2023 e iniciou o ano com resultados positivos, refletindo um cenário favorável ao consumo com inflação controlada e mercado de trabalho aquecido, o que indica um bom momento da atividade econômica brasileira.

A redução dos juros também tende a ajudar, embora a taxa básica Selic ainda permaneça em um nível elevado de 10,5%, mas não se descarta uma desaceleração do setor de serviços este ano, acompanhando a acomodação da atividade econômica.

A receita bruta nominal do setor de serviços subiu 1,8% em março ante fevereiro. Na comparação com março de 2023, houve avanço de 1,7% na receita nominal.

Os dados do IBGE mostram que em março quatro das cinco atividades pesquisadas tiveram avanço no volume. O principal destaque foi o crescimento de 4,0% do setor de informação e comunicação, eliminando a perda de 2,5% registrada em fevereiro.

O índice de atividades turísticas, por sua vez, avançou 0,2% em março na comparação com fevereiro, após dois meses seguidos de perdas. Em março, o segmento estava 2,3% acima do patamar de pré-pandemia e 5,3% abaixo do ponto mais alto da série.