Magda Chambriard foi indicada para exercer o cargo de presidente da Petrobras e deve substituir Jean Paul Prates, demitido na terça-feira, 14. Com a medida, a Petrobras terá seu sexto presidente nos últimos três anos.

No caso de Prates, o governo avaliou que a situação ficou “insustentável”, após uma série de desentendimentos. Uma das principais críticas em relação ao agora ex-presidente da estatal é que ele tomava decisões sem consultar o setor, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, e da Casa Civil, Rui Costa, responsável pela articulação e coordenação das atividades do Executivo federal.

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Demissões

No entanto, as demissões em série na estatal iniciaram no governo Jair Bolsonaro (PL), que na época, estava insatisfeito com a alta do preço dos combustíveis. Veja abaixo:

  • Em fevereiro de 2021, o ex-presidente demitiu Roberto Castello Branco – nomeado para o cargo em janeiro de 2019;
  • Depois, foi a vez de Joaquim Silva e Luna, que saiu em abril de 2022;
  • José Mauro Coelho, então, assumiu e ficou apenas 68 dias no cargo;
  • Caio Paes de Andrade teve sua posse oficializada em junho de 2022 e permaneceu até o fim do governo Bolsonaro.

Fim do PPI

Para o Lula III, Jean Paul Prates, que era senador, entrou e, como destaque de sua gestão, abandonou o chamado PPI (Preço de Paridade de Importação). Ou seja, os valores do diesel e da gasolina para o mercado interno deixaram de ser baseados nos valores de importação.

A medida, segundo a Petrobras à época, trouxe mais flexibilidade “para praticar preços competitivos, se valendo de suas melhores condições de produção e logística e disputando mercado com outros atores que comercializam combustíveis no Brasil, como distribuidores e importadores”.