15/05/2024 - 9:23
O Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), sinalizador do Produto Interno Bruto (PIB), registrou retração de 0,34% em março na comparação com o mês anterior, segundo dados divulgados pelo BC nesta quarta-feira, 15.
Apesar da queda no mês, no acumulado do primeiro trimestre houve expansão de 1,08%. Na comparação com o mesmo mês do ano anterior, o IBC-Br teve recuo de 2,18%, enquanto no acumulado em 12 meses passou a um ganho de 1,68%, de acordo com números observados.
Queda maior que o esperado
A expectativa em pesquisa da Reuters era de queda de 0,25%, e o resultado foi o primeiro no vermelho depois de quatro meses de ganhos.
A estimativa do mercado para a alta do Produto Interno Bruto (PIB) subiu a 2,09% para este ano, de 2,05% antes, enquanto para 2025 permaneceu em 2%, segundo mostrou o Boletim Focus.
O Ministério da Fazenda, por sua vez, prevê expansão de 2,2% este ano, mas o chefe da pasta, ministro Fernando Haddad, já afirmou que a estimativa deve ser revisada para ao menos 2,5%.
A economia brasileira vem apresentando bom desempenho neste início de ano, favorecida principalmente pelo consumo diante de uma inflação sob controle, aumento da renda e mercado de trabalho firme.
O afrouxamento monetário promovido pelo Banco Central — com a Selic atualmente em 10,50% –também deve ajudar a sustentar a economia este ano, já que favorece as condições de crédito no país.
Em março, a indústria brasileira ganhou força e fechou o primeiro trimestre com crescimento de 0,9% da produção, enquanto o volume do setor de serviços expandiu 0,4%, resultado melhor do que o esperado. Já as vendas varejistas tiveram estabilidade no mês, contrariando expectativas de uma retração depois de dois meses de altas.