O Ibovespa fechou em leve baixa nesta terça-feira, 21, com a cena corporativa ocupando o foco em meio a uma agenda vazia de dados macroeconômicos relevantes, enquanto agentes continuam cautelosos em tomar risco antes de sinais novos e mais claros sobre política monetária, principalmente nos Estados Unidos.

Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa caiu 0,27%, a 127.411,55 pontos. O volume financeiro no pregão somou R$ 19,7 bilhões. Já o dólar encerrou o dia cotado a R$ 5,1163 na venda, em leve alta de 0,23%. Em maio, porém, a divisa acumula baixa de 1,47%. Veja cotações.

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No exterior, as commodities tiveram um desempenho misto, com os futuros do minério de ferro em alta, mas os preços do petróleo em queda, enquanto Wall Street encerrou com variações modestas, mas positivas, e os rendimentos dos títulos de 10 anos do Tesouro dos Estados Unidos recuaram.

Em meio a expectativas sobre os próximos passos do banco central norte-americano, a ata da última decisão de política monetária do Federal Reserve deve concentrar as atenções na quarta-feira, principalmente após discursos mais cautelosos de autoridades do Fed.

Nesta terça-feira, o diretor do Fed Christopher Waller disse que os dados mais recentes de inflação são “tranquilizadores”, mas ressaltou que precisa ver mais alguns meses de bons dados de preços antes de se sentir confortável para defender uma flexibilização na orientação da política monetária.

As incertezas com o juro básico no Brasil também seguem no foco, à medida que cresce a possibilidade de a taxa Selic terminar o ano em dois dígitos. Nesta segunda-feira, 20, o boletim Focus e analistas que participaram de reunião com diretores do Banco Central, no Rio, foram nessa direção, dado o crescimento das expectativas de inflação.

O mercado trabalha com o cenário de que a Selic irá parar de cair já na próxima reunião de política monetária em junho, com a taxa básica permanecendo em 10,50% ao ano. Segundo o Índice Equus de Precificação da Selic (IEPS), 67,3% dos investidores da B3 acreditam que não haverá corte na próxima reunião, contra 43,1% na semana anterior.