28/05/2024 - 21:08
O desastre que afeta o Rio Grande do Sul inviabilizou a coleta completa de preços na região metropolitana de Porto Alegre de 13 subitens na prévia da inflação oficial do País referente a maio, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Apesar do reforço na coleta remota na região, os subitens que demandaram imputação de preços na terceira ou quarta semana do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) foram: Cheiro-verde; Melancia; Peixe-sardinha; Peixe-pescada; Presunto; Frango inteiro; Reforma de estofado; Conserto de automóvel; Estacionamento; Motocicleta; Manicure; Ingresso para jogo; e Cinema, teatro e concertos.
De acordo com a metodologia de imputação do Sistema Nacional de Índices de Preços ao Consumidor (SNIPC), quando há ausência temporária do preço de um bem ou serviço em uma determinada semana de coleta, “a imputação é realizada pela média aritmética simples dos preços que apresentaram informações nas demais remessas do mês corrente da pesquisa”, explicou o instituto.
O IPCA-15 investiga as variações de preços de 377 subitens para o total do País, mas há diferenças regionais na quantidade de bens e serviços que integram a cesta de consumo local. A apuração de preços para o IPCA-15 de maio se estendeu de 16 de abril a 15 deste mês. A coleta do índice é dividida em quatro “remessas”, que correspondem a períodos de aproximadamente uma semana. No mês de maio, a terceira semana se estendeu de 1º a 8 de maio, e a quarta semana, de 9 a 15 de maio.
“A nossa coleta foi afetada a partir do dia 6/5, na metade da remessa 3, e na remessa 4”, explicou o IBGE.
As informações apropriadas no índice de maio, divulgado nesta terça-feira, 28, “foram validadas com base nas metodologias de cálculo, crítica e imputação de preços vigentes no Sistema Nacional de Índices de Preços ao Consumidor (SNIPC)”.
Quando houve o desastre provocado pelas enchentes no Rio Grande do Sul, a coleta de preços na região metropolitana de Porto Alegre para o IPCA-15 de maio já estava 70% completa, e os cerca de 30% restantes foram obtidos, predominantemente, via coleta remota, por telefone ou internet.
A inflação apurada pelo IPCA-15 na região metropolitana de Porto Alegre foi de 0,86% em maio, atrás apenas do resultado de Salvador, onde os preços subiram 0,87%. A taxa do IPCA-15 de maio foi de 0,44% na média nacional.
A região metropolitana de Porto Alegre responde por uma fatia de 8,61% na formação da taxa do IPCA-15.
O IBGE frisou ainda que é vedada a revisão de dados de índices de preços que são utilizados como base para correção monetária de contratos, o que inclui o IPCA-15. Em caso de ausência completa de informações, a metodologia prevê imputação através de uma média de preços de similares ou carregamento da observação do mês anterior, por exemplo.
“A Política de Revisão de Dados Divulgados das Operações Estatísticas do IBGE estabelece que os índices de preços utilizados como indexadores de inflação na correção monetária de contratos públicos e privados não são revisados, para garantir a segurança jurídica dos contratos. Neste contexto estão incluídos os dados do Índice Nacional de Preços ao Consumidor – INPC, do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo – IPCA, do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15 – IPCA-15 e do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo Especial – IPCA-E”, relembrou o órgão.