20/06/2024 - 10:00
O IBGE divulgou nesta quinta-feira, 20, a mais recente edição do levantamento Cempre – Cadastro Central de Empresas, referente ao ano de 2022.
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O Cempre reúne informações cadastrais e econômicas das empresas e outras organizações presentes no território nacional, inscritas no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica – CNPJ, da Secretaria Especial da Receita Federal do Brasil, e de suas respectivas unidades locais, baseadas na atividade econômica, de acordo com a Classificação Nacional de Atividades Econômicas – CNAE, combinadas a informações como número total de empresas e outras organizações; pessoal ocupado total; pessoal ocupado assalariado; salários e outras remunerações e salário médio mensal.
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Conforme o levantamento, o Brasil reunia 9,4 milhões de empresas e outras organizações formais ativas, que ocuparam 63 milhões de pessoas em 31 de dezembro de 2022. Desse total de empresas, 6,6 milhões eram sem pessoal assalariado (69,6%) e 2,9 milhões com pessoas assalariadas (30,4%). Os não assalariados seriam os sócios e proprietários.
Com isso, destacam-se as empresas com 250 pessoas ou mais registradas como assalariadas, que totalizam 21.861 empresas no país, e concentram 54% dos empregados brasileiros e 69,3% dos salários.
Gênero
No comparativo por gênero, o pessoal ocupado assalariado era composto por 54,7% de homens e 45,3% de mulheres, sendo que os homens receberam R$ 3.791,58 de salário médio mensal, e as mulheres R$ 3.241,18, ou seja, trabalhadores assalariados do sexo masculino receberam um salário médio 17% maior.
A maior participação de homens foi em empresas do setor de Construção (87,6%), seguida por Indústrias Extrativas (84,2%) e Transporte (81,7%), enquanto de mulheres esteve em áreas de Saúde Humana e Serviços Sociais (74,8%), Educação (67,3%) e Alojamento e Alimentação (57,2%).
Escolaridade
No recorte por escolaridade, 76,6% do pessoal ocupado assalariado não tinha nível superior, contre 23,4% com a formação. O pessoal ocupado assalariado sem nível superior recebeu, em média, R$ 2.441,16 e, o grupo com ensino superior, a média foi de R$ 7.094,17, aproximadamente três vezes mais.
Diferenças estaduais
Entre as unidades da federação, o Distrito Federal apresentou o maior salário médio mensal, de 4,9 salários mínimos (SM), hoje no valor de R$ 1.412. Em seguida vem Amapá (3,5), São Paulo (3,4) e Rio de Janeiro (3,3). Os menores salários foram observados na Paraíba e Alagoas (2,2, cada).
Quebra da série histórica
A edição referente ao ano de 2022 incorporou mudanças metodológicas, o que acarretou uma nova forma de apresentação da estrutura empresarial brasileira. Por isso, o IBGE alerta que isso impacta no comparativo histórico.