A capital do Rio de Janeiro volta a contar com patinetes elétricos em sua paisagem. A responsável é a multinacional de micromobilidade Whoosh, que começa a operar neste sábado, 22, com mil equipamentos em cerca de 200 pontos de estacionamento em bairros da Zona Sul, como Ipanema e Leblon, e Norte, como Tijuca e Maracanã.

O aluguel dos patinetes, com funcionamento de 24 horas por dia, tem custo de R$ 2 para desbloqueio do equipamento, mais R$ 0,80 por minuto de uso. O pagamento é feito via cartão de crédito ou Pix. Para acessar, é necessário baixar o aplicativo da Whoosh, disponível para Android e IOs.

A Whoosh desembarcou no Brasil em 2023, com operações nas cidades de Porto Alegre e Florianópolis. Na capital catarinense, são 1,3 mil patinetes elétricas. Já no Rio Grande do Sul eram 1,4 mil, porém a empresa estima perda de 40% da frota com as enchentes. O centro de operações também foi inundado, forçando a paralisação das atividades, com expectativa de retorno em julho.

Para seguir com sua expansão no país, a empresa já negocia com a Prefeitura de São Paulo, onde espera iniciar as atividades já no segundo semestre. Há planos ainda iniciais para chegar a outras capitais.

Outras empresas se deram mal no país

Não é a primeira empresa que tenta implementar um serviço do tipo no Brasil. Companhias que tentaram e falharam rendem uma lista:

  • A estadunidense Lime desembarcou do país em 2020, seis meses após chegar, suspendeu as operações no contexto da pandemia
  • A Grow, surgida da fusão da Yellow e da Grin em 2019, teve falência decretada em 2023, após três anos de um processo de recuperação judicial
  • A Adventure encerrou suas atividades mais cedo este ano, após operar desde 2019 na capital gaúcha

As dificuldades em geral passam pelos custos com manutenção dos equipamentos, alvos constantes de furtos e vandalismo. Além disso, há as complicações devido a acidentes de trânsito, que incluem até mortes.

A estratégia da Whoosh

Para contornar os problemas de segurança dos equipamentos, a Whoosh aposta em uma equipe de monitoramento 24 horas. “Os agentes de campo estarão ativos em toda a cidade”, afirma, em nota.

Já para proteger o usuário, são feitas campanhas de educação no trânsito em parceria com prefeituras e autoridades de trânsito locais. Em Florianópolis e Porto Alegre, foram duas iniciativas: o evento “Escola de Condução”, com aulas gratuitas, e a “Blitz Educativa”, em que guardas municipais abordam condutores para receber orientações de equipes responsáveis.

Além disso, os patinetes tem um limite de velocidade de 20 quilômetros por hora e um sistema que busca reduzir a velocidade automaticamente em vias congestionadas. O veículo também não está liberado para circular em todos os lugares e, caso saia das rotas permitidas, emite um aviso sonoro e trava automaticamente.

Para estacionar os veículos, também há espaços sinalizados no mapa do aplicativo com um “P”. Caso ele seja deixando em outro lugar, a contagem do tempo de uso para o pagamento não paralisa.