21/06/2024 - 17:20
O total de recursos do Sistema Nacional de Fomento (SNF) repassados os municípios brasileiros em 2023 chegou ao montante de R$ 16,1 bilhões, um recorde da série histórica iniciada em 2012 pela Associação Brasileira de Desenvolvimento (ABDE). Segundo a ABDE, o valor representa um aumento de 42,4% em relação a 2022. Os dados constam da última pesquisa SNF em Números – Municípios.
O SNF é uma rede de instituições financeiras públicas e privadas que atuam no País com a missão de promover o desenvolvimento por meio do financiamento a setores estratégicos. O sistema é composto pelas Instituições Financeiras de Desenvolvimento, incluindo bancos públicos federais, regionais e estaduais e agências de fomento, bancos cooperativos, além da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) e do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae).
Para a ABDE, esses indicadores são fundamentais, pois é possível, através deles, “ter uma dimensão sobre a maneira com que o crédito disponibilizado pelas instituições financeiras de desenvolvimento (IFDs) aos municípios tem contribuído para realizar ações estruturantes relacionadas às pautas do desenvolvimento sustentável formalizadas na Agenda 2030, da Organização das Nações Unidas (ONU)”.
A pesquisa mostra ainda que o SNF foi responsável por 96,2% das operações de crédito concedidas aos municípios no ano passado. De acordo com os dados, 932 municípios foram beneficiados a partir de 1.235 contratos de concessão de crédito. O valor médio das operações de financiamento foi de R$ 13 milhões. O equivalente a 47,9% do total desembolsado, R$ 7,7 bilhões, foram para cidades de médio e pequeno porte.
Por região, o Sudeste foi a que mais concentrou recursos do SNF em 2023, R$ 6,8 bilhões, quase o dobro do valor alocado para o Nordeste, que recebeu R$ 3,8 bilhões, “o que reflete as desigualdades sociais que ainda precisam ser enfrentadas no Brasil”, destaca a ABDE.
O levantamento faz ainda um recorde com base no Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM). As regiões que têm esse indicador considerado muito baixo, baixo e médio receberam o total de R$ 4,4 bilhões, o que representa 27,3% do total para aplicar em ações de desenvolvimento sustentável nas cidades brasileiras que mais precisam. Esse montante representou um aumento de 91,9% com relação a 2022.