30/07/2024 - 16:45
O ministro do Trabalho, Luiz Marinho, afirmou nesta terça, 30, que os salários no País estão muito “achatados”. Segundo ele, o mercado de trabalho aquecido abre a possibilidade de aumentar as remunerações dos trabalhadores.
“Estamos com salários muito achatados no Brasil. Veja o nível do que estamos falando de salários iniciais, é muito baixo. Mercado de trabalho aquecido pressupõe melhores remunerações também”, disse o ministro após divulgação dos dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) de junho.
+ MTE: de 59 mil pessoas que pediram demissão, dois terços estão trabalhando com salário maior
+ Brasil cria 201,7 mil vagas formais de trabalho em junho, acima do esperado
O salário médio de admissão em junho foi de R$ 2.132,82. Comparado ao mês anterior, houve uma redução real de R$ 5,15, ou queda de 0,24%.
Na avaliação de Marinho, o aumento nos salários vai gerar a solução para a economia do País. “Quanto maior a renda do trabalhador, maior massa salarial. Significa melhorar o nível de consumo das famílias para bens duráveis e portanto para indústria produzir mais e indústria crescer mais”, afirmou.
Marinho disse ainda que, apesar de os dados mostrarem uma taxa baixa de desemprego, isso não significa que o País atingiu o “pleno emprego”. “Não estamos no pleno emprego ainda”, avaliou.
Os número do Caged mostram ainda que o país só criou vagas de até 2 salários mínimos. Veja tabela abaixo:
O Brasil abriu 201.705 vagas formais de trabalho em junho, segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgados nesta terça-feira, 30, pelo Ministério do Trabalho e Emprego.
No acumulado no ano, foram gerados 1,3 milhão de novos postos de trabalho, uma alta de 26,2% frente aos seis primeiros meses de 2023, quando houve criação líquida de 1.030.329 empregos.