A taxa de desocupação no Brasil caiu para 6,9% no trimestre encerrado em junho, com um recuo de 1 ponto percentual frente ao 1º trimestre (7,9%) e de 1,1 ponto percentual ante o mesmo trimestre de 2023 (8%). Trata-se da menor taxa para um trimestre encerrado em junho desde 2014 (6,9%).

Os números são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua, divulgada nesta quarta-feira,31, pelo IBGE. O resultado veio dentro do esperado. A mediana das previsões em pesquisa da Reuters era de que a taxa ficaria em 6,9% no período.

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A população ocupada atingiu novo recorde da série histórica, chegando a 101,8 milhões. O total de trabalhadores do país cresceu 1,6% (mais 1,6 milhão de pessoas) no trimestre e 3% (mais 2,9 milhões de pessoas) em 1 ano.

Já o número de desempregados caiu para 7,5 milhões de pessoas, com reduções de dois dígitos em ambas as comparações: queda de 12,5% (menos 1,1 milhão de pessoas) no trimestre e de 12,8% (menos 1,1 milhão de pessoas) no ano. É o menor número de pessoas em busca de trabalho desde o trimestre encerrado em fevereiro de 2015.

“Observa-se a manutenção de resultados positivos e sucessivos. Esses recordes de população ocupada não foram impulsionados apenas nesse trimestre, mas são consequência do efeito cumulativo de uma melhoria do mercado de trabalho em geral nos últimos trimestres” destaca a coordenadora de pesquisas domiciliares do IBGE, Adriana Beringuy.

Evolução da taxa de desemprego no Brasil
Evolução da taxa de desemprego no Brasil – Divugação/IBGE (Crédito:Divulgação/IBGE)

O número de empregados do setor privado (52,2 milhões) foi recorde, impulsionado pelos novos recordes nos contingentes de trabalhadores com carteira (38,4 milhões) e sem carteira assinada (13,8 milhões).

A população desalentada (que desistiu de procurar trabalho) recuou para 3,3 milhões. Foi o seu menor contingente desde o trimestre encerrado em junho de 2016 (3,2 milhões).

Rendimento dos trabalhadores cresce

No trimestre encerrado em junho, o rendimento médio das pessoas ocupadas foi de R$ 3.214, com alta de 1,8% no trimestre e de 5,8% na comparação anual. Como consequência, a massa de rendimentos chegou a R$ 322,6 bilhões, novo recorde da série histórica.

Segundo a analista do IBGE,  “o aumento do rendimento está sendo impulsionado pela expansão do número de trabalhadores em diversas atividades, sejam no setor público ou privado. Essa expansão disseminada entre as diversas atividades econômicas é bastante importante, porque acaba beneficiando tanto os trabalhadores em ocupações de maior renda quanto aqueles de menor rendimento”.