No trimestre terminado em junho, faltou trabalho para 19 milhões de pessoas no País, das quais 7,54 milhões estavam sem nenhum trabalho, segundo os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), iniciada em 2012 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

A taxa composta de subutilização da força de trabalho passou de 17,9% no trimestre até março de 2024 para 16,4% no trimestre até junho. Esse indicador inclui a taxa de desocupação, a taxa de subocupação por insuficiência de horas e a taxa da força de trabalho potencial, pessoas que não estão em busca de emprego, mas que estariam disponíveis para trabalhar.

No trimestre até junho de 2023, a taxa de subutilização da força de trabalho estava em 17,8%.

Ainda segundo o IBGE, a população subutilizada (12,64 milhões) caiu 8,2% ante o trimestre até março. Em relação ao trimestre até junho de 2023, esse indicador assistiu a um recuo idêntico, de 8,2%. No fim do segundo trimestre 2023, havia 20,35 milhões de pessoas nessa situação.

Desalento

O Brasil registrou 3,3 milhões de pessoas em situação de desalento no trimestre encerrado em junho, segundo os dados da Pnad Contínua divulgados nesta quarta-feira, 31.

O resultado, informou o IBGE, significa queda de 9,6% no indicador em relação ao trimestre encerrado em março. Em três meses, 345 mil pessoas deixaram essa situação. Já em um ano, 422 mil pessoas deixaram o desalento, queda de 11,5%.

A população desalentada é definida como aquela que estava fora da força de trabalho por uma das seguintes razões: não conseguia trabalho, ou não tinha experiência, ou era muito jovem ou idosa, ou não encontrou trabalho na localidade – e que, se tivesse conseguido trabalho, estaria disponível para assumir a vaga. Os desalentados fazem parte da força de trabalho potencial.