A mediana do relatório Focus para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de 2024 subiu de 4,10% para 4,12%, distanciando-se ainda mais do centro da meta, de 3%. Um mês antes, era de 4,02%. A estimativa intermediária para a inflação de 2025 avançou de 3,96% para 3,98%, contra 3,88% um mês atrás.

O relatório Focus foi divulgado na manhã desta segunda-feira, 5, pelo Banco Central.

Considerando somente as 53 estimativas atualizadas nos últimos cinco dias úteis, a mediana do mercado para o IPCA de 2024 subiu de 4,08% para 4,19%. A projeção para a inflação de 2025 passou de 3,98% para 4%, levando em conta apenas as 53 atualizações no período.

No comunicado da última quarta-feira, 31, o Comitê de Política Monetária (Copom) informou que considera o primeiro trimestre de 2026 como seu horizonte relevante. O colegiado espera que a inflação acumulada em 12 meses fique em 3,4% no período, no cenário de referência, ou em 3,2%, considerando a Selic estável em 10,5% até lá.

O Banco Central espera que o IPCA fique em 4,2% este ano e em 3,6% em 2025, no cenário de referência. No cenário alternativo, a autoridade monetária calcula que a inflação seria de 4,2% em 2024 e de 3,4% no ano que vem.

A partir do ano que vem, a meta de inflação passa a ser contínua, apurada com base no IPCA acumulado em 12 meses. Se ele ficar acima do teto ou abaixo do piso por seis meses consecutivos, vai se considerar que o alvo foi perdido. A meta continua tendo centro de 3%, com tolerância de 1,5 ponto porcentual para mais ou para menos.

Nos horizontes mais longos, a mediana do Focus para o IPCA de 2026 continuou em 3,60% pela nona semana consecutiva. A estimativa intermediária para 2027 ficou em 3,50% pela 57ª semana seguida.