Em meio às disputas pela exclusividade de uso do nome língua de gato, a Kopenhagen lançou dois novos sabores do seu tradicional chocolate: frutas vermelhas e avelã.

Um dos objetivos do lançamento dos novos sabores é justamente reforçar a “Língua de Gato” como uma marca Kopenhagen. “Favorita, incomparável e de qualidade única”, afirma a empresa em nota de divulgação do novo produto.

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No começo de julho, a Justiça do Rio de Janeiro decidiu em primeira instância que a expressão língua de gato é de uso recorrente para chocolates de forma achatada e oblonga, independente da marca responsável. A Kopenhagen está recorrendo.

Em nota, a empresa afirmou que a decisão “não tem qualquer efeito imediato que invalide ou suspenda os direitos marcários dos produtos comercializados pela Kopenhagen”. Já no processo, ela afirma que há “intenção parasitária de seus concorrentes em tentar associar seus produtos aos produtos da Kopenhagen”.

Reforço da marca

A Kopenhagen lançou, para além dos novos sabores, três sobremesas disponibilizados em suas unidades com cafeteria: Mousse Brownie Língua de Gato, Sundae Língua de Gato e MilkShake Língua de Gato.

“Essa submarca é uma fortaleza e com essa Temporada Língua de Gato quisemos trazer um frescor e criar novas oportunidades de combinações, sem perder a essência e seguindo passo a passo da receita original, que só a Kopenhagen tem”, afirma em nota Maricy Gattai, diretora executiva da Kopenhagen.

Para o lançamento dos novos produtos, a Kopenhagen decidiu inclusive ir à TV aberta com um comercial protagonizado por um dos embaixadores da marca, o ator Cauã Reymond. Já nas redes sociais, a presença é reforçada pelo ator Chay Suede e a influenciadora Thai de Melo.

Disputa judicial

O processo sobre a exclusividade do nome língua de gato teve início a partir de um questionamento feito pela Cacau Show. Em nota à imprensa, a empresa afirmou que iniciou o processo pela liberação do uso da expressão “em virtude de ser um formato utilizado por diversos fabricantes estrangeiros e até por fabricantes nacionais em seus portfólios”.

No processo, a empresa resgata a origem do termo para identificar chocolates compridos e achatados. O primeiro uso teria ocorrido com o alemão “katzenzugen”, criado no ano de 1892, em Viena, pela chocolateria “Küfferle”, hoje pertencente à Lindt & Sprüngli.

A empresa destaca ainda que a própria Lindt utiliza hoje o termo “cat tongues” em vários países, e que outras marcas utilizam a expressão no Brasil. A juíza reconheceu esse uso no país, citando o chocolate “Gato Mia”, da Cacau Brasil, e o língua de gato da Katz Chocolates.

A Kopenhagen responde nos autos que os argumentos da Cacau Show ignoram “a própria notoriedade alcançada pelo sinal ‘língua de gato’ no Brasil”. Afirma que, no país, o uso da expressão nunca foi de uso comum.