A refeição completa fora de casa ficou 49% mais cara desde 2019, de acordo com levantamento feito pela Ticket. No mesmo período, o salário mínimo teve aumento de 41%. O IPCA, índice inflacionário oficial do país, no período é de 33%, de acordo com o IBGE.

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Conforme o levantamento, quem não recebe vale-refeição desembolsa, em média, R$ 1.032,23 por mês para garantir o almoço de segunda a sexta, durante quatro semanas, o que corresponde a 73% do salário mínimo, hoje em R$ 1.412,00.

O valor médio de uma refeição com prato principal, bebida, sobremesa e cafezinho ficou em R$ 51,61, segundo a Ticket. Para efeitos comparativos, em 2019 o custo médio do mesmo combo era de R$ 34,62, e o salário mínimo de R$ 998.

No recorte regional, o Sudeste registra o maior custo com almoço, com o combo saindo, em média, R$ 54,54. Em seguida a região Nordeste, com custo médio de R$ 49,09. Na sequência vem o Sul com R$ 48,91; então a região Norte, com R$ 45,41 e, por último, o Centro-Oeste, a R$ 45,21 o custo médio do almoço.

Diferença de 158%

Se considerados os tipos de refeição, prato comercial (ou prato feito) e a la carte, a diferença pode chegar a 158% no custo.

De acordo com a pesquisa, a refeição completa – prato, bebida, sobremesa e café – tem custo médio de R$ 96,44 em um restaurante a la carte. Já o custo médio do prato comercial é de R$ 37,44. No caso do self-service (autosserviço), o valor vai a R$ 47,87, e o executivo fica em média R$ 55,63.

O serviço a la carte, além de ser o mais caro, foi o que apresentou o maior aumento no preço médio no último ano, de quase 20%, já que em 2023 ele custava R$ 80,48. A menor variação de preço foi no prato comercial, de 9,2% em um ano. O self-service aumentou 11% no mesmo período, e o executivo, 10%.

Na sequência, o autosserviço, que ano passado era encontrado a um valor médio de R$ 43,24, foi o segundo que mais encareceu, cerca de 11%. Já o executivo teve um incremento de 10% – em 2023 custava em média R$ 50,51. Por fim, o comercial, que em 2023 era encontrado a R$ 34,30, registrou aumento de 9,2% no período de um ano.

Entre as cidades avaliadas, o serviço com o preço mais elevado foi registrado em Florianópolis (SC), na opção a la carte, a R$ 163,28. Já o mais barato foi a opção comercial de Belo Horizonte (MG), com preço médio de R$ 25,03.