O prefeito de Goiânia e candidato à reeleição, Rogério Cruz (Solidariedade), declarou à Justiça Eleitoral um patrimônio de R$ 160,9 mil. Quando foi eleito vice-prefeito, em 2020, seus bens somavam, ao todo, R$ 81,39 – o que representa um aumento de capital de 1.997 vezes.

À época, o então candidato a vice na chapa de Maguito Vilela (MDB) dispunha de R$ 46,75 em um investimento de renda fixa do Nubank e R$ 34,64 de saldo em uma conta corrente da Caixa Econômica Federal. Hoje, a adição de seu patrimônio é um Jeep Compass, cuja cotação vai de R$ R$ 118 mil a R$ 220 mil, segundo a tabela Fipe.

Quando foi questionado pela imprensa local, em 2020, sobre o tamanho reduzido de suas posses, Cruz ainda era vereador da capital goiana. Em resposta, disse que morava de aluguel e usava os carros disponibilizados pela Câmara de Goiânia.

“Se o político tem muitos bens dizem que está roubando, se tem pouco não acreditam. Eu sou um homem simples, levo uma vida normal. Pra quê vou ter carro, gastar dinheiro, pagar IPVA, tudo isso?”, disse, pouco antes de ser eleito vice. Cruz assumiu a prefeitura depois que Vilela morreu em decorrência de Covid-19, em janeiro de 2021.

Ele foi vereador duas vezes seguidas antes de ser eleito vice-prefeito. Quando foi eleito pela primeira vez, em 2012, afirma ser “sacerdote ou membro de ordem ou seita religiosa”, e dizia não ter bens a declarar. Quando foi reeleito, declarou R$ 1.195,50 em uma conta corrente na Caixa.