O dólar era negociado em alta nesta quarta-feira, com a busca por ativos percebidos como mais seguros diante da cautela que engessou os mercados acionários antes do balanço da Nvidia. O euro e a libra aceleraram desvalorização contra o dólar durante a tarde, dando vigor adicional para o índice DXY – que mede a divisa americana ante uma cesta de seis rivais fortes.

O índice DXY mostrou valorização de 0,54%, a 101,094 pontos. O dólar avançava a 144,73 ienes, o euro cedia a US$ 1,1115 e a libra caía a US$ 1,3186.

As expectativas eram altas para o resultado da Nvidia, com Wall Street prevendo que a receita e o lucro da empresa mais que dobraram no segundo trimestre em relação ao ano anterior. Os investidores olharão para os dados como um indicador da força mais ampla da demanda relacionada à IA, que impulsionou os mercados para cima durante boa parte deste ano. Os traders estão se posicionando para grandes movimentos nas ações após os resultados.

Com a agenda esvaziada hoje em termos de indicadores macroeconômicos, o foco também estava na segunda leitura do Produto Interno Bruto (PIB) dos EUA no segundo trimestre, que será divulgada amanhã, dia 29. Segundo o Brown Brothers Harriman (BBH), a pausa nos indicadores permitiu aos investidores de câmbio balancearem suas posições após a queda recente da moeda americana, e também tendo em vista os próximos dados do PIB e da inflação do PCE americanos.

O dólar australiano era cotado perto do nível mais alto de 2024 após a leitura acima do esperado do índice de preços ao consumidor (CPI na sigla em inglês) da Austrália, o que reforçou a perspectiva agressiva sobre a política monetária do Banco Central. Os dados mostraram que o indicador mensal subiu 3,5% no ano até julho, desacelerando de um ganho de 3,8% em junho, mas ainda acima das previsões de 3,4%.

O CPI mensal mostra que a economia continua desinflando, mas muito gradualmente, dizem os economistas do HSBC. “Apesar da pressão descendente dos subsídios de energia e do fato de que menos preços de serviços, que são mais rígidos, estão na cesta de julho, a inflação ainda está muito alta”, escreveram os analistas Jamie Culling e Paul Bloxham em nota.