A massa de salários em circulação na economia aumentou em R$ 23,475 bilhões no período de um ano, para R$ 322,398 bilhões, uma alta de 7,9% no trimestre encerrado em julho de 2024 ante o trimestre terminado em julho de 2023. Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Na comparação com o trimestre terminado em abril de 2024, a massa de renda real subiu 1,9% no trimestre terminado em julho, R$ 6,036 bilhões a mais.

O rendimento médio dos trabalhadores ocupados teve uma alta real de 0,7% na comparação com o trimestre até abril, R$ 22 a mais, para R$ 3.206. Em relação ao trimestre encerrado em julho de 2023, a renda média real de todos os trabalhadores ocupados subiu 4,8%, R$ 148 a mais.

A renda nominal, ou seja, antes que seja descontada a inflação no período, cresceu 1,7% no trimestre terminado em julho ante o trimestre encerrado em abril. Já na comparação com o trimestre terminado em julho de 2023, houve elevação de 9,3% na renda média nominal.

Desemprego em queda

A taxa de desemprego caiu para 6,8% em julho, segundo divulgou o IBGE nesta sexta-feira, 30. Essa foi a menor taxa para um trimestre encerrado em julho na série histórica da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua do IBGE, iniciada em 2012.

O desemprego recuou 0,7 ponto percentual em relação ao trimestre de fevereiro a abril (7,5%) e caiu 1,1 ponto percentual frente ao mesmo trimestre móvel de 2023 (7,9%).

O número de desempregados no país caiu para 7,4 milhões, menor contingente de pessoas procurando por uma ocupação no país desde o trimestre encerrado em janeiro de 2015.

A menor taxa de desemprego de toda a série histórica foi registrada em 2014, quando chegou a 6,5%. Veja gráfico abaixo:

A taxa de desocupação (6,8%) no trimestre encerrado em julho de 2024
A taxa de desocupação ficou em 6,8% no trimestre encerrado em julho de 2024

Os dados de julho evidenciam a força do mercado de trabalho no país em um momento em que o Banco Central tem reiterado surpresa com a força da atividade econômica.

O BC tem reforçado em sua comunicação que o mercado de trabalho tem apresentado dinamismo maior do que o esperado. Nesta semana, o presidente da autoridade monetária, Roberto Campos Neto, apontou que já há sinais “ainda incipientes, mas mais claros” de que o aperto no emprego possa estar sendo transmitido para os preços de serviços “de uma forma mais prolongada”.

O BC se reunirá em meados de setembro para deliberar sobre os juros e a aposta do mercado é de alta da taxa Selic, atualmente em 10,5% ao ano.