27/09/2024 - 6:00
A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) realiza nesta sexta-feira, 27, um leilão de centenas de quilômetros de linhas de transmissão em lotes que envolvem seis estados e com previsão de R$ 3,35 bilhões em investimentos. O certame ocorre na B3 em São Paulo a partir das 10 horas.
+ Fábrica de brinquedos da Gulliver irá a leilão para pagamento de dívidas
Serão licitadas a construção e a manutenção de 783 quilômetros em linhas de transmissão e de 1.000 megavolt-ampères (MVA) em capacidade de transformação, além da continuidade da prestação de serviço público de 162,9 km de linhas de transmissão e 300 MVA em transformação.
Serão três lotes abrangendo Bahia, Espírito Santo, Minas Gerais, Paraná, São Paulo e Santa Catarina. A expectativa é de geração de 7 mil empregos diretos para as obras e a manutenção dos empreendimentos.
Sublotes
O Lote 1, que engloba por quatro estados (Santa Catarina, Paraná, Minas Gerais e Espírito Santo), representa em torno de 87% dos investimentos estimados em relação a todos os lotes do leilão. A Aneel informou que, para estimular a competitividade, ele foi dividido em dois sublotes: 1A e 1B.
Desse modo, haverá possibilidade de contratação do Lote 1 integral (sublotes 1A e 1B em conjunto) ou cada sublote – caberá a Aneel decidir pela possibilidade com menor Receita Anual Permitida. O sublote 1A possui instalações em final de concessão e a nova transmissora será responsável pela manutenção desses empreendimentos a partir de 18 de julho de 2025, incluindo os reforços e melhorias necessários, além da nova instalação de transmissão.
Lote do Rio Grande do Sul foi retirado
Dos quatro lotes previstos na minuta de edital do leilão encaminhada em maio para o Tribunal de Contas da União, três serão ofertados neste leilão.
O Ministério de Minas e Energia (MME) determinou, em julho, que o Lote 2 do certame, com empreendimentos no Rio Grande do Sul, fosse retirado para um novo estudo do traçado das linhas de transmissão e da localização das subestações inicialmente previstas, a ser produzido pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE), informou a Aneel.
A justificativa é de que os locais onde seriam instalados os empreendimentos foram severamente afetados pelas enchentes que atingiram o estado entre abril e maio deste ano.